quinta-feira, julho 26, 2007

Bruce Springsteen – Live 1975-1985 (1986)













Para quem não acompanhava o mundo do rock com alguma atenção, o sucesso mundial do disco Born In The USA, em 1984, revelou um certo Bruce Springsteen, americano com visual machão e voz de quem cantava sempre usando uma cueca dois números menor que o ideal. A capa, com a buzanfa do autor numa calça jeans velha, tendo ao fundo as listras da bandeira americana, sugeria uma patriotada no estilo Rambo, tão comum na era Reagan. Algumas faixas, mais notadamente "Dancing In The Dark" e "Cover Me", com sintetizadores e batidas sincopadas, indicavam também uma pegada mais pop do que rock.

Todas essas idéias eram tremendas injustiças. Primeiro porque Bruce Springsteen era tudo, menos um fenômeno instantâneo. Nascido em 1949, ele ralava os untos desde o final dos anos 60, estreando em disco em 1973. Seu terceiro álbum, Born To Run, de 1975, chegara ao terceiro lugar nas paradas americanas, e seu ambicioso álbum duplo The River, de 1980, levou-o pela primeira vez ao topo das paradas.

Quanto à patriotada, era exatamente o contrário. Descendente de imigrantes irlandeses, holandeses e italianos, filho de um motorista de ônibus e de uma secretária, Springsteen nascera na classe média baixa de Nova Jersey, muito mais para white trash que para W.A.S.P. (não a banda, claro). Sua música falava dos dramas econômicos, sociais e culturais do americano pobre, de seu misto de orgulho e desilusão, suas incertezas. Ou seja, tudo na contra-mão do ufanismo sem escrúpulos dos yuppies da era Reagan, revivido como farsa na era Bush filho.

Por fim, o som. De fato, como praticamente toda a música americana dos anos 80, Born In The USA tinha um apelo mais radiofônico, mas não o suficiente para classificar Springsteen como artista pop. Era um roqueiro dentro daquela tradição meio inclassificável do rock americano, às vezes pesado sem ser hard, às vezes suave sem ser pop.

Para se ter uma idéia mais precisa do verdadeiro som de Bruce Springsteen, o ideal é esta caixa, lançada em 1986, cobrindo uma década de show dele com sua E-Street Band. A começar pela belíssima versão acústica e intimista de "Thunder Road", uma de suas melhores letras. Outra faixa que merece muito destaque é "The River", com um piano adorável de Roy Bittan e uma longa introdução falada em que Springsteen conta para a platéia, provavelmente muito mais nova, os dilemas de ser um jovem roqueiro rebelde num meio pobre e conservador na América dos anos 60.

Disc: 1
1. Thunder Road
2. Adam Raised A Cain
3. Spirit In The Night
4. 4th of July, Asbury Park (Sandy)
5. Paradise By The 'C'
6. Fire
7. Growin' Up
8. It's Hard To Be A Saint In The City
9. Backstreets
10. Rosalita (Come Out Tonight)
11. Raise Your Hand
12. Hungry Heart
13. Two Hearts

Download

Disc: 2
1. Cadillac Ranch
2. You Can Look (But You Better Not Touch)
3. Independence Day
4. Badlands
5. Because The Night
6. Candy's Room
7. Darkness On The Edge Of Town
8. Racing In The Street
9. This Is Your Land
10. Nebraska
11. Johnny 99
12. Reason To Believe
13. Born In The U.S.A.
14. Seeds

Download

Disc: 3
1. The River
2. War
3. Darlington County
4. Working On The Highway
5. The Promised Land
6. Cover Me
7. I'm On Fire
8. Bobby Jean
9. My Hometown
10. Born To Run
11. No Surrender
12. Tenth Avenue Freeze Out
13. Jersey Girl

Download

quarta-feira, julho 25, 2007

Living Colour – Type (1990)













Galera, este aqui é um promo de uma das mais criativas bandas americana do fim dos anos 80, o Living Colour. O grupo fora criado em 1983 pelo guitarrista inglês Vernon Reid com a idéia de congregar músicos negros que gostassem de rock pesado, com pitadas de funk (na antiga acepção do termo, claro) e um toquezinho de jazz. Patrocinados por Mick Jagger, estrearam em disco em 1988 com o excelente Vivid e estouraram dois anos depois com Time's Up, puxado exatamente por este single aqui.

Este promo contém duas versões da música de trabalho e mais duas covers que atestam o talento e a versatilidade do Living Colour. A primeira é "Final Solution", do grupo arqui-underground americano Pere Ubu, que ganhou uma roupagem mais metálica, e "Sailin' On", da banda hardcore Bad Brains, aqui gravada ao vivo com toda a adrenalina possível.

1. Type (Radio edit)
2. Type (Album version)
3. Final Solution (Pere Ubu cover)
4. Sailin' On (live, Bad Brains cover)

Download

terça-feira, julho 24, 2007

Halloween - Silence... Au Dernier Rang! (1998)













Atenção, é Halloween com "a". Não confundir com o Helloween alemão!

Galera, mais um pouquinho de prog. Este aqui é um grupo francês ruim de achar que só. O Halloween estreou em disco em 1988, fazendo um neo-progressivo sombrio com forte influência de King Crimson e letras tanto em francês quanto em inglês. O som era bom, mas, embora mandassem muito bem nos seus instrumentos, o tecladista Gilles Copin e o violinista, baixista e guitarrista Jean-Phillipe Brun cantavam mal pacas! A solução veio em 1994, com a entrada da vocalista Géraldine lê Cocq, que resolveu os vocais e deu mais personalidade à banda.

Este aqui é um disco ao vivo de 1998. Deu um trabalho miserável para achar, pois a banda acabou, não lança nada desde 2001 e não tem sequer site na Internet. Como está em 320 kbps, quebrei em dois arquivos.

1. Conseil des démons
2. Le Procès
3. Waltz
4. Arthur contre Morgane
5. Iron Mickey
6. House with no Door
7. Beginning
8. Yule
9. What's in
10. March
11. La Mort de Morgane

Download parte 1
Download parte 2

domingo, julho 22, 2007

Barclay James Harvest – Once Again (1971)













E, fechando o pacote, o disco que o Antônio recomendou, Once Again.

1. She Said
2. Happy Old World
3. Song For Dying
4. Galadriel
5. Mocking Bird
6. Vanessa Simmons
7. Ball And Chain
8. Lady Loves

Download

Barclay James Harvest – Live (1974)













Galera, para dar o serviço completo, aqui está o primeiro ao vivo do Barclay James Harvest, lançado em 1974. Ah, como o arquivo é grande, está quebrado em duas partes.

1. Summer soldier
2. Medicine Man
3. Crazy City
4. After The Day
5. The Great 1974 Mining Disaster
6. Galadriel
7. Negative Earth
8. She Said
9. Paper Wings
10. For No One
11. Mockingbird

Download parte 1
Download parte 2

quinta-feira, julho 19, 2007

Barclay James Harvest - Live Tapes (1978)













Depois desse festival de porradaria, vamos pegar um pouquinho mais leve.

No comecinho dos anos 80, André, um dos meus irmãos da turma do CEFET, ganhou de um primo da Alemanha uma fita cassete caseira sem rigososamente nenhuma informação. Na primeira oportunidade ele botou para que ouvíssemos. Era claramente progressivo, mas com uma pegada menos cascuda, mais acessível ao "ouvinte comum", sem abrir mão de solos e harmonias complexas. Como algum de nós definiu na época, "nem tão prog quanto Gentle Giant, nem tão comercial quanto Supertramp".

Diante da boa aceitação da galera, ele escreveu ao primo agradecendo o mimo e pedindo mais informações. Foi assim que soubemos se tratar do Barclay James Harvest, uma banda do segundo (ou talvez terceiro) time do progressivo inglês. O disco em questão era este Live Tapes, lançado em 1978, e que virou uma espécie de mascote da turma. Eu mesmo comprei uma edição em CD durante uma viagem a Portugal em 2001.

Quatro anos antes eles lançaram um outro disco ao vivo, chamado simplesmente Live, muito bom, mas um tanto mais cru. Este aqui é todo centrado no repertório dos discos de estúdio lançados depois do primeiro ao vivo – à exceção de "Mockingbird", de 1971. Minha música favorita é "Child of the Universe", seja pela boa letra, pela introdução ótima para abrir um show ou pelo instrumental, pode escolher. Também gosto muito de "Poor Man's Moody Blues", que, como o título indica, é uma homenagem ao grupo decano do prog inglês – o refrão é referência direta à clássica "Nights in White Satin".

Em 2006 saiu uma edição remasterizada, com muitas faixas a mais, mas este arquivo aqui foi ripado do meu CD mesmo, de forma que deu para encaixar tudo num .rar só.

Disco 1
1. Child Of The Universe
2. Rock'N'Roll Star
3. Poor Man's Moody Blues
4. Mockingbird
5. Hard Hearted Woman
6. One Night

Disco 2:
1. Taking Me Higher
2. Suicide
3. Crazy City
4. Johnathan
5. For No One
6. Polk Street Rag
7. Hymn

Download

sexta-feira, julho 13, 2007

Vários artistas – Metal For Muthas (1980)













Galera, para encerrar esse bloco NWOBHM, cá está Metal For Muthas, a coletânea que é praticamente um símbolo do movimento. Lançada em 1980, ela trazia as bandas consideradas mais quentes da renascença metálica inglesa. Isso, aliás, é uma das coisas mais impressionantes. Tirando o Iron Maiden, que se tornou a banda de metal da década, ninguém ali chegou a parte alguma. Para não dizer que mergulharam no mais completo anonimato, o Samson gravou bons discos, mas entrou para a história mesmo como a banda que revelou Bruce Dickinson.

Enquanto isso, curiosamente, bandas daquela geração que fariam sucesso nos anos 80, especialmente Saxon e Def Leppard, ficaram de fora. Vai entender.

1. Sanctuary (Iron Maiden)
2. Sledgehammer (Sledgehammer)
3. Fighting For Rock And Roll (E.F.Band)
4. Blues In A (Toad the Wet Sprocket)
5. Captured City (Praying Mantis)
6. Fight Back (Ethel the Frog)
7. Baphomet (Angel Witch)
8. Wrathchild (Iron Maiden)
9. Tomorrow Or Yesterday (Samson)
10. Bootliggers (Nutz)

Download

sexta-feira, julho 06, 2007

Angel Witch – Angel Witch (1980)













E, como o assunto é NWOBHM, não podia ficar de fora uma das mais talentosas e mal-sucedidas bandas daquela geração. O Angel Witch (do qual eu obviamente gosto mais de Witch que de Angel) surgiu em 1977 e, após participar com sucesso da lendária coletânea Metal For Muthas, conseguiu um contrato com a Bronze Records para grava este primeiro disco.

Infelizmente, logo após o lançamento o trio se decompôs. O baixista Kevin Riddles e o baterista Dave Hogg pularam fora para se juntar ao Tytan, deixando na mão o vocalista e guitarrista Kevin Heybourne, que ainda tentou tocar o barco com outros músicos, mas não deu.

Em 1985, Heybourne, Hogg e mais dois manés recriaram o Angel Witch, com o baterista indo embora de novo após apenas um disco. O "novo" Angel Witch, que chegou a gravar dois discos de estúdio e um ao vivo, acabou em 1990, quando Heyborune teve a brilhante idéia de se mudar para o EUA e remontar a banda lá com outros músicos. O problema é que ele esqueceu de combinar com a imigração. Resultado? Foi preso na véspera do primeiro show e mandado de volta para a Inglaterra. Como diz meu velho pai, roseira de otário dá abacate.

Em 2000 e 2006 o Angel Witch voltou de forma fugaz, gravando um disco em cada ano, mas nada que chegasse vagamente perto de seu brilhante disco de estréia.

Ah, esta aqui é a versão especial em CD lançada em 1998 pelo Bronze, com seis faixas extras.

1. Angel Witch
2. Atlantis
3. White Witch
4. Confused
5. Sorcerers
6. Gorgon
7. Sweet Danger
8. Free Man
9. Angel of Death
10. Devil's Tower
11. Loser (do EP Loser)
12. Suffer (do EP Loser)
13. Dr. Phibes (do EP Loser)
14. Flight Nineteen (do compacto Sweet Danger)
15. Baphomet (da coletânea Metal for Muthas)
16. Hades Paradise (do compacto Sweet Danger)

Download

Grim Reaper – See You In Hell (1984)













Galera, já que estamos num mood metálico, cá está mais uma jóia dos anos 80. O Grim Reaper surgiu em 1979, na chamada New Wave of British Heavy Metal (sempre achei tão estranho ver "new wave" e "heavy metal" na mesma expressão...). Depois de ganhar de outras 99 bandas num concurso, eles conseguiram gravar uma fita demo, que, por sua vez, abriu as portas para este primeiro disco.

Como era comum em sua geração, os caras faziam um metal raçudo e muito bem trabalhado, com destaque para a guitarra do fundador Nick Bowcott e o vocal preciso do gordinho Steve Grimmett. Outro detalhe que chamava a atenção era o visual dos caras, com couro preto, tachinhas e um ar medieval estilizado, algo entre Rob Halford e Manowar – ou seja, tremenda viadagem.

Chegaram a fazer algum sucesso nos EUA e a lançar mais dois discos, mas brigas internas e disputas com a antiga gravadora fizeram a banda se separar por volta de 1988. Volta e meia Grimmett reúne o grupo (sem Bowcott) para algum showzinho caça-níqueis, mas sempre descamba para a picaretagem.

1. See You in Hell
2. Dead on Arrival
3. Liar
4. Wrath of the Ripper
5. Now or Never
6. Run For Your Life
7. The Show Must Go On
8. All Hell Let Loose

Download

quinta-feira, julho 05, 2007

CJSS – Praise The Loud (1986)













Galera, cavucando o baú dos anos 80, dei de cara com este belo disco. CJSS era uma banda fundada em 1984 pelo guitarrista debulhador David T. Chastain e tinha como nome das iniciais dos integrantes: além do guitarrista supracitado, o vocalista Russel Jenkins, o baixista e vocalista Mike Skimmerhorn e o baterista Les Sharp. Faziam um metal raçudo e bem trabalhado, sem concessão ao farofa em voga na época. Gravaram somente três discos, sendo este o segundo. Depois de Praise The Loud, passaram 14 anos separados, até se reunirem em 2000 para gravar Kings Of The World e se separarem de novo.

De qualquer forma, vale conferir. Ah, antes que alguém queira me bater, está em 128 kbps porque foi assim que eu achei. Se alguém tiver numa qualidade melhor, mande o link que eu troco.

1. Out Of Control
2. Land Of The Free
3. Don't Play With Fire
4. Praise The Loud
5. Citizen Of Hell
6. Danger
7. Metal Forever
8. Thunder And Lightning
9. The Bargain

Download

segunda-feira, julho 02, 2007

Slade – Alive! (1972)













Atendendo a pedidos.

Galera, este aqui é um clássico na mais completa acepção da palavra.

1. Hear Me Calling
2. In Like A Shot From My Gun
3. Darling Be Home Soon
4. Know Who You Are
5. Keep On Rocking
6. Get Down With It
7. Born To Be Wild

Download

domingo, julho 01, 2007

Deep Purple – In Concert (1970-1972)













Galera, embora este álbum duplo, lançado em 1980, tenha saído no Brasil em vinil, a versão em CD é muito difícil de encontrar – eu comprei em Londres, em 1997, por um preço de banana.

Os discos são verdadeiras jóias e mostram o quanto o grupo mudou em apenas dois anos – ambos foram gravados para o programa In Concert, da BBC, daí o nome do álbum. O primeiro disco, gravado em 1970, pouco depois do lançamento de In Rock, mostra o Deep Purple como banda de jams. Se as duas músicas novas cresceram pouco (dois e um minuto, respectivamente), as antigas viraram verdadeiros delírios instrumentais, com mais de três vezes os tamanhos originais. Ritchie Blackmore e Jon Lord simplesmente piram – tem horas que parecem realmente estar cada um indo para um lado, com Roger Glover e Ian Paice tentando botar alguma ordem na casa. Ian Gillan só não está ganhando uma grana molinha porque, nas poucas vezes em que é acionado, canta como só Ian Gillan sabe cantar.

Já o segundo, gravado pouco depois de Machine Head, em 1972, já mostra a banda um pouquinho mais contida nos delírios instrumentais. Não que tenha virado minimalista – não existem dois shows do Deep Purple com solos iguais –, mas o formato das músicas é mais respeitado. Uma curiosidade é que esse é o único registro ao vivo conhecido de "Never Before", que eu, particularmente, acho fraquinha mesmo. "Maybe I'm A Leo" é outra rara de aparecer ao vivo. Aliás, se tivessem incluído a sensacional "Pictures Of Home", seria um registro completo de Machine Head ao vivo.

Disco: 1
1. Speed King
2. Child In Time
3. Wring That Neck
4. Mandrake Root

Download

Disc: 2
1. Highway Star
2. Strange Kind Of Woman
3. Maybe I'm A Leo
4. Never Before
5. Lazy
6. Space Truckin'
7. Smoke On The Water
8. Lucille

Download