quarta-feira, maio 30, 2007

Jethro Tull (três discos)

Atendendo a pedidos, os três primeiros discos do Jethro Tull, quando a banda de Ian Anderson militava no blues rock, com influências folk. A partir do disco seguinte, Aqualung, o grupo mergulharia mais fundo no nascente rock progressivo, deixando suas origens blueseiras para trás.

Glen Cornick toca o baixo e Clive Bunker comanda a bateria nos três discos. Mick Abrahams foi o guitarrista do álbum de estréia, mas foi trocado por Martin Barre, que está no Tull até hoje.

Ah, uma curiosidade: entre Abrahams e Barre, um garotão canhoto de Birmingham tocou guitarra no Jethro Tull. Chamava-se Tony Iommi. Ele logo voltou para sua cidade natal e para sua bandinha, um certo Black Sabbath, deixando um único registro com o Tull – vai ser tema de um dos próximos posts.

This Was (1968)













1. My Sunday Feeling
2. Some Day The Sun Won't Shine For You
3. Beggar's Farm
4. Move On Alone
5. Serenade To A Cuckoo
6. Dharma For One
7. It's Breaking Me Up
8. Cat's Squirrel
9. A Song For Jeffrey
10. Round

Download

Stand Up (1969)













1. A New Day Yesterday
2. Jeffrey Goes To Leicester Square
3. Bourée
4. Back To The Family
5. Look Into The Sun
6. Nothing Is Easy
7. Fat Man
8. We Used To Know
9. Reasons For Waiting
10. For A Thousand Mothers

Download

Benefit (1970)













1. With You There To Help Me
2. Nothing To Say
3. Inside
4. Son
5. For Michael Collins, Jeffrey and Me
6. To Cry You A Song
7. A Time For Everything
8. Teacher
9. Play In Time
10. Sossity, You're A Woman

Download

quinta-feira, maio 24, 2007

Iron Maiden – Maiden England (1989)

Galera, programa duplo na caverna. Vídeo e áudio.


















Ok, vamos começar com um pouquinho de polêmica. Eu adoro Seventh Son of a Seventh Son. A despeito de ter a primeira música comercial do Iron Maiden ("Can I Play With Madness?"), esse disco, a meu ver, resgatou uma qualidade que a banda perdera em Powerslave e no fraco Somewhere In Time: a variedade das músicas. Ouvindo The Number of the Beast e, principalmente, Piece of Mind, uma coisa que chama a atenção é que cada música é muito diferente da anterior e da seguinte, ainda que todas tenham as característica do Iron Maiden.

Para mim, Seventh Son... resgatou, ainda que temporariamente, essa tradição. Mesmo descartando "Can I Play With Madness?", que é chata, sobram músicas variadas como "The Clairvoyant", "Infinite Dreams" e a faixa-título. E com direito a uns tecladinhos de fundo para dar clima.

Bem, passado o blá-blá-blá, vamos ao vídeo. Este é um show da Donzela de Ferro em Birmingham, terra-natal do Black Sabbath. Em princípio, qualquer show do Iron é bom, mas este se destaca por dois motivos. Primeiramente, foi a última excursão com a formação clássica – Adrian Smith sairia logo depois, sendo substituído por um vácuo cabeludo chamado Janick Gers. "Segundamente", o set list inclui quatro canções brilhantes que, por algum motivo, raramente eram tocadas ao vivo: "The Prisoner", "Still Life", "Die With You Boots On" e a fantástica "Killers". Só elas já valeriam o download.

Ah, está em formato avi.

1. Moonchild
2. The Evil That Man Do
3. The Prisoner
4. Still Life
5. Die With Your Boots On
6. Infinite Dreams
7. Killers
8. Can I Play With Madness?
9. Heaven Can Wait
10. Wasted Years
11. The Clairvoyant
12. Seventh Son Of A Seventh Son
13. The Number Of The Beast
14. Hallowed Be Thy Name
15. Iron Maiden

Download parte 1
Download parte 2
Download parte 3
Download parte 4
Download parte 5
Download parte 6
Download parte 7
Download parte 8
Download parte 9
Download parte 10
Download parte 11

E, de quebra, o CD bônus que veio com a versão especial do DVD. Tem duas músicas a menos: "Hallowed Be Thy Name", lamentável ausência, e "Can I Play With Madness", que não faz mesmo a menor falta.













1. Moonchild
2. The Evil That Man Do
3. The Prisoner
4. Still Life
5. Die With Your Boots On
6. Infinite Dreams
7. Killers
8. Heaven Can Wait
9. Wasted Years
10. The Clairvoyant
11. Seventh Son Of A Seventh Son
12. The Number Of The Beast
13. Iron Maiden

Download parte 1
Download parte 2

sexta-feira, maio 11, 2007

The Decline Of Western Civilization II: The Metal Years (1988)

Links corrigidos!

Excepcionalmente, um vídeo aqui na caverna. Eu estava procurando a trilha sonora para botar aqui. Em vez disso, achei o filme todo no Bit Torrent.


















Ok, galera, se alguém tem alergia a laquê, é melhor sair do recinto.

Em 1981, a diretora de cinema norte-americana Penelope Spheeris lançou um documentário sobre a cena punk de Los Angeles, entrevistando bandas, jornalistas, fãs e até seguranças de clubes onde esse tipo de show acontecia. Tamanha dose de violência, racismo, machismo, nazismo e outros "ismos" (como? "virtuosismo"? sem chances) recebeu o justo título de O Declínio da Civilização Ocidental.

Só que a cena punk que Spheeris descreveu foi rapidamente substituída por um movimento bem diferente – e um tanto ou quanto esquisito. Uns moleques de cabelo comprido, roupas coloridas e muuuita maquiagem. Parecia uma grande convenção de fãs dos New York Dolls. Era o heavy metal californiano, também chamado glam metal ou, mais pejorativamente, hair metal.

A fórmula é praticamente a mesma, misturando entrevistas e shows. Os entrevistados se dividem em quatro categorias: fãs, empresários (uns poucos donos de clubes), aspirantes e astros. Uma curiosidade sobre os últimos é que a única banda glam de sucesso (naquele momento) a falar foi o Poison – justo um grupo tardio e particularmente ruim. O Mötley Crüe, ponta de lança do movimento, ficou de fora. Os demais (Kiss, Alice Cooper, Aerosmith, Ozzy, Motörhead etc.) nada tinham a ver com a cena de L.A., mesmo tendo, em alguma medida, a influenciado. Pior ainda é Dave Mustaine, do Megadeth, representante de uma outra vertente do metal ignorada pelo filme. Curiosamente, é ele que está no cartaz - by the way, a capa lá em cima é de uma edição pirata em DVD, pois o filme até hoje só saiu em VHS.

Talvez o mais curioso seja ver os aspirantes, um bando de zés-manés lutando desesperadamente por um lugar ao sol com suas bandinhas. Todos com cabelões cheios de laquê, muita maquiagem e toneladas de pretensão. Os caras da banda Odin dizem que vão ser mais famosos que os Doors. "E se vocês não conseguirem?", pergunta a diretora. "Mas nós vamos conseguir", garantem. Bem, acho que nem Freya se lembra mais desse Odin. Aliás, de todos os entrevistados, só quem conseguiu alguma coisa foi Janet Gardner, já então líder do Vixen.

Claro que o visual da galera, que já era esquisito nos anos 80, parece ainda mais bizarro hoje. Joe Perry, do Aerosmith, diz em certo momento que a indumentária de palco tem mesmo que ser teatral, mas que sair na rua daquele jeito já é mais problemático. Mas, esquisitice à parte, o clima é de festa, regada a exagero, bebida, rock e mulher (se você tem dúvidas de quem é quem, uma dica: as mulheres usam um pouquinho menos maquiagem). Isso se reflete no próprio astral do filme. Na época eu li (não me lembro se na Circus ou na Rolling Stone) que um dos cinegrafistas ficara surpreso com o público. Ele lembrava que o primeiro filme fora um pesadelo. Filmando os shows dos punks no meio da platéia, ele levou socos, chutes e cusparadas. "Cheguei a pedir uma gaiola de tubarão para me proteger", conta. No segundo, os cabeludos não só não batiam como até ajudavam e abriam espaço para ele filmar. Tomou um outro banho de cerveja, mas, em compensação, viu de camarote diversas exibições de peitinhos. Aliás, com tanta coisa ruim imitada dos EUA, porque as meninas aqui não seguem essa tradição roqueira e exibem as glândulas superiores nos shows? Fica aqui a sugestão.

Na parte das estrelas, o filme tem diversas cenas marcantes. Talvez a mais famosa seja a entrevista de Chris Holmes, fundador e então guitarrista do W.A.S.P., na piscina de sua casa. Sentado numa poltrona flutuante, vestido e completamente bêbado, Holmes entornou diversas garrafas de vodka (uma delas literalmente entornada na cabeça), classificou-se como "um bosta", a despeito do sucesso de sua banda, e como um mean motherfucker, fazendo com que sua mãe arregalasse os olhos. Sim, a velha estava ali do lado, piscando assustada a cada fucking que o pimpolho soltava.

Muita gente, claro, diz que o porre de Holmes era fajuto, tão teatral quanto as apresentações do W.A.S.P. Spheeris nega a armação até hoje, mas admite que há ao menos uma cena forjada no filme: na entrevista de Ozzy Osbourne, dada enquanto ele preparava o café-da-manhã, o falecido roqueiro (hoje é só um comediante de TV) erra o copo e derrama suco de laranja na pia. Todo mundo que vê pensa "putz, o cara tá detonado..." Só que a imagem do suco caindo fora foi filmada depois.

Ok, ok, só um teatrinho dentro de um teatro maior. Mesmo assim o filme vale muito o download.

Ah, está em formato avi, sem legendas. Quem mandou fugir do CCAA?

Download parte 1
Download parte 2
Download parte 3
Download parte 4
Download parte 5
Download parte 6
Download parte 7
Download parte 8
Download parte 9

quarta-feira, maio 09, 2007

Fastway – Fastway (1983)













Atendendo a pedidos com um tremendo atraso, o disco de estréia do Fastway, banda Zeppeliniana que Fast Eddie Clarke montou ao deixar o Motörhead.

1. Easy Livin'
2. Feel Me, Touch Me (Do Anything You Want)
3. All I Need Is Your Love
4. Another Day
5. Heft!
6. We Become One
7. Give It All You Got
8. Say What You Will
9. You Got Me Runnin'
10. Give It Some Action
11. Far Far From Home

Download

terça-feira, maio 08, 2007

Joe Cocker – With A Little Help From My Friends (1969)













Este aqui é um clássico dos anos 60. Disco de estréia de Joe Cocker, trazia, como sugere o título um batalhão de convidados, entre eles Steve Windwood e um certo Jimmy Page. O disco foi um sucesso instantâneo, puxado pela faixa título, cover de uma canção dos Beatles. Aliás, cover uma ova, aquilo é uma reinvenção. O que era, que me perdoem os beatlemaníacos presentes, uma canção bobinha no fiapo de voz de Ringo tornou-se um blues rock apoteótico, com guitarras e aquela voz que parece curtida em 200 anos de uísque. Ao apresentá-la numa versão ainda mais intensa no festival de Woodstock, Cocker tornou-se um mito.

Agora, posso contar um segredo? Essa não é a minha música favorita no disco. Outras duas ficam com o título, aliás, outras duas covers. A primeira é "Just Like a Woman", uma das mais bonitas baladas de Bob Dylan que cresce horrores na voz de Cocker. Só não é a versão definitiva por conta da interpretação arrepiante de Richie Heavens no show pelos trinta anos de carreira do bardo com voz de pato.

A outra é "Don't Let Me Be Misunderstood", imortalizada por Nina Simone e trazida para o rock pelos Animals – minha banda favorita da chamada Invasão Britânica. Ao longo dos anos, esta canção já ganhou umas 432 versões, passando por Gary Moore, Yussuf Islan ("o artista anteriormente conhecido como Cat Stevens") e até (desculpem) Santa Esmeralda. Mas coube a Cocker enxergar ali uma balada perfeita para sua voz sofrida – e o arranjo com aquele típico teclado sessentista é outra jóia.

1. Feeling Alright
2. Bye Bye Blackbird
3. Change In Louise
4. Marjorine
5. Just Like A Woman
6. Do I Still Figure In Your Life?
7. Sandpaper Cadillac
8. Don't Let Me Be Misunderstood
9. With A Little Help From My Friends
10. I Shall Be Released

Donwload

quinta-feira, maio 03, 2007

Hear 'n Aid – Stars (1985)














Periodicamente alguma tragédia humanitária comove o mundo da música e leva artistas a organizarem projetos cujos resultados são muito mais estéticos que práticos. Nos anos 70, o mote era a Ásia, com concertos para o Camboja e para Bangladesh. Nos anos 80, os artistas de bom coração descobriram que havia fome na África – uau, impressionante como ninguém notara isso antes.

A dica foi dada pelo irlandês Bob Geldof, vocalista da banda punk Boomtown Rats – foi ele também que interpretou Pink, no filme Pink Floyd - The Wall. No final de 1984 ele mobilizou a "nata" da nova cena pop britânica e alguns veteranos (Phil Collins, Paul McCartney, Bowie) na gravação do compacto "Do they know it's Christmas Time?", destinado a arrecadar fundos para o combate à fome na Etiópia. (Parênteses: A música pop é muito cruel. Noventa por cento dos artistas que gravaram o compacto mergulharam no mais profundo ostracismo nos anos seguintes.)

Sensibilizados pela causa ou simplesmente com inveja da repercussão, artistas norte-americanos, capitaneados por Harry Belafonte, Kenny Rogers, Michael Jackson e Lionel Richie, deram o troco com "We are the world", que vendeu feito pão quente e resultou no aclamado show transcontinental Live Aid.

Moral da História? Todo mundo que ficou de fora dos dois projetos resolveu tirar sua casquinha, e a turma do rock pesado não era melhor que ninguém. Até porque, tanto o compacto britânico quanto o norte-americano eram feudo quase exclusivo da música pop, com pouca ou nenhuma participação de roqueiros. Assim, Ronnie James Dio compôs uma canção que combinava uma letra bem piegas com uma música forte e chamou meio mundo do rock pesado anglo-americano para o estúdio, sob o nome Hear 'n Aid (ouça e ajude). A faixa gravada foi chamada, modestamente, "Stars"...

Veteranos como o próprio Dio, Rob Halford, Camine Appice, Ted Nuggent, Eric Bloom e Buck Dharma misturaram-se com os nomes mais relevantes do movimento de rock pesado que emergira de Los Angeles nos dois anos anteriores. A gravação base foi feita pela banda de Dio (Vivian Campbell na guitarra, Jimmy Bain no baixo, Claude Schnell nos imperceptíveis teclados e Viny Appice na bateria) com a adição da segunda bateria de Frankie Banali (Quiet Riot) e da dupla de guitarras do Iron Maiden, Dave Murray e Adrian Smith, na base dos refrões.

A música, em que pesem todas as críticas ao projeto e à letra, é muito boa. Tem ainda, como bom metal dos anos 80, um enooorme solo nos quais os guitarristas presentes se exibem. Desnecessário dizer que Vivian Campbell, Yngwie Malmsteen e Buck Dharma sobram. Outro que brilha fazendo um solo no fim da música é Neil Schon, do Journey.

Alguns grupos foram convidados mas não puderam participar da gravação. Em vez disso, mandaram faixas ao vivo para serem incluídas no LP. A mais notável é "On The Road", do Motorhead (nada menos que "Built For Speed" com outra letra). Outra curiosidade é a inclusão de uma canção de Jimi Hendrix. Talvez "Can You See Me" esteja ali como lembrança de tudo que o metal deve ao Deus da Guitarra, ou então porque pegava mal não haver um único artista negro naquele disco para a África.

Mas qual o resultado dos projetos? Bob Geldof tornou-se mundialmente famoso, virou cavaleiro do Império Britânico (um dos responsáveis pela pilhagem da África, aliás) e candidato a santo. Mas sua maior contribuição para a música foi mesmo ter levado ao suicídio (ao menos é o que se alega) o chatérrimo Michael Hutchence, vocalista do igualmente chato INXS.

E a África? Bem, ela não melhorou muito não. Boa parte da grana arrecadada por todos esses discos e shows foi entregue aos governos locais. Ou seja, foi parar nas fortunas pessoais de diversos ditadores. Como diz o ditado, de boas intenções o Inferno está cheio.

01. Stars (Hear 'N Aid)
02. Up To The Limit (Accept)
03. Hungry For Heaven (Dio)
04. Can You See Me (Jimmy Hendrix)
05. Heaven's On Fire (Kiss)
06. On The Road (Motorhead)
07. Distant Early Warning (Rush)
08. The Zoo (Scorpions)
09. Go For The Throat (Y&T)

Download

Mägo de Oz – Gaia II – La Voz Dormida (2005)














Cabrones, esta é a segunda parte da trilogia Gaia (a primeira está logo abaixo), do grupo espanhol Mägo de Oz. Antes que alguém reclame, não fui eu que ripei em 128kbps, já veio assim. Ah, a última faixa do disco 1 é uma versão em espanhol de "Gates of Babylon", do Rainbow.

Disco 1

1. Volaverunt Op. 666
2. La Voz Dormida
3. Hazme Un Sitio Entre Tu Piel
4. El Poema De La Lluvia Triste
5. El Callejon Del Infierno
6. El Paseo De Los Tristes
7. La Posada De Los Muertos
8. Desde Mi Cielo
9. En Nombre De Dios

Download

Disco 2

1. Incubos Y Sucubos
2. Diabolus In Musica
3. Manana Empieza Hoy
4. El Principe De La Dulce Pena
5. Aquelarre
6. Hoy Toca Ser Feliz
7. Creo (La Voz Dormida Parte II)
8. La Cantata Del Diablo (Missit Me Dominus)

Download