segunda-feira, janeiro 14, 2008

Aerosmith – Transmissions (2007)

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Galera, uma menina que trabalha comigo ganhou isso aqui de um parente que foi à França. O disco foi fabricado na China, portanto, tem boa chance de ser piratão, mas a qualidade é enorme – vem inclusive com um livro com biografia da banda e muitas fotos.

As músicas foram gravadas durante a apresentação da banda na edição 1994 do festival de Woodstock.

1. Eat the Rich
2. Rag Doll
3. Cryin'
4. Crazy
5. Love In An Elevator
6. Dude Looks Like A Lady
7. Sweet Emotion
8. Come Together
9. Dream On
10. Livin' On The Edge
11. Walk This Way

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Ah, como eu sou gente boa à beça, upei também as faixas em vídeo: "Toys In The Attic" e "Mama Kin"

sábado, janeiro 05, 2008

Mary Fahl – From The Dark Side Of The Moon (2007)

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O povo começou 2008 com uma tremenda preguiça na hora de fazer comentários, mas, pelo relatório de downloads, o post do October Project está fazendo sucesso. Assim, na mesma linha, coloco aqui uma preciosidade que achei no ótimo blog Série Echoes (o link já está na lista de recomendados).

Depois de dois discos solo (um EP e um CD completo) abaixo de sua capacidade, a vocalista Mary Fahl, na minha opinião, a alma do OP, estava mais perdida que pum em bombacha. A única coisa que tinha como certa é que queria um repertório mais forte, que trouxesse paixão e grandiosidade. Seu empresário, Steven Saporta, entrou em contato com o produtor David Warner com a idéia de fazer um disco de covers, mas Warner teve uma idéia mais ousada: reinterpretar um único disco clássico, do começo ao fim.

O projeto, desafiador por si só, ganhou um peso ainda maior quando Warner e Fahl escolheram o disco a ser recriado, nada menos que The Dark Side Of The Moon, a obra máxima do Pink Floyd, que passou nada menos que 14 anos consecutivos na lista de 200 discos mais vendidos da Billboard e é o quinto disco mais vendido de todos os tempos. A princípio, Mary assustou-se com a ambição do produtor: "Ele (o disco) é como o Cálice Sagrado. Uma obra de arte danada de boa, muito mais que o produto de uma época", declarou.

Os medos iniciais desapareceram com a entrada em cena do guitarrista e tecladista Mark Doyle. Assim como o produtor e a cantora, ele sentia uma certa desilusão com os caminhos atuais da música pop e uma profunda admiração pelo disco do Floyd. Para "ver o que rolava", os três entraram no estúdio particular de Doyle para gravar "Us And Them". Mary Fahl se sentiu tão à vontade que todas as dúvidas foram embora. O projeto começara.

Para nortear o trabalho, o trio baseou-se em respeito e experimentação. Respeito pela forma original das canções e experimentação na hora de recriá-las sem cair no esquema de banda tributo. A primeira ousadia veio numa dúvida: como uma vocalista vai regravar um disco 40% instrumental? A resposta de Doyle foi simples: transformar a voz de Mary num instrumento, sem precisar necessariamente de uma letra – aliás, o que o próprio Floyd fez com Clare Torry em "The Great Gig In The Sky". Esta, para não ficar uma cópia carbono (e também porque o alcance da voz de Torry era quase impressionante), foi recriada como um lamento xamânico. Outra que mudou muito foi "Money", que ficou mais dançável. O resultado nesse caso é discutível, mas, para sem bem polêmico, sempre achei "Money" a música mais chata (melhor dizendo, a única música chata) do disco original.

Disco gravado, aconteceu alguma coisa com o projeto que ele simplesmente não chegou ao público. Seja qual for o motivo, esse tesouro só existe em downloads. O site oficial de Mary (http://www.maryfahl.com) não faz qualquer menção a ele. Uma pena.

Ah, como o disco não saiu oficialmente, a capa lá em cima é fake, misturando o prisma do disco original com a foto do álbum solo de Mary Fahl.

1. Speak To Me
2. Breathe
3. On The Run
4. Time / Breathe
5. The Great Gig In The Sky
6. Money
7. Us And Them
8. Any Colour You Like
9. Brain Damage
10. Eclipse

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quinta-feira, janeiro 03, 2008

October Project – Dois CDs

Esta aqui é uma banda que eu descobri em 1993 e que parece ter existido para desafiar rótulos. É rock? Calmo demais. Pop? Denso demais – e com o vozeirão de Mary Fahl. New age? Atormentado demais, por conta das letras de Julie Flanders. Progressivo? Minimalista demais. No fim, é um pouco de tudo isso, com uma temática que às vezes beira o gótico, mas com um tempero percussivo. Só ouvindo mesmo.

Julie Flanders conheceu o tecladista Emil Adler ainda na adolescência. Fizeram faculdade juntos e acabaram se casando. Dessa união nasceu também uma sólida parceria musical, à qual se somou a também tecladista Marina Belica. Mas, embora Marina cantasse, sua voz era comum, naquela linha suave e meio chatinha do começo dos anos 90.

A química só ficou completa com a entrada em cena de Mary Fahl, uma estudante de literatura medieval e atriz bissexta. Com uma voz poderosa e mais para grave – na contramão da moda – ela deu o toque de personalidade que faltava à banda, completada pelo guitarrista e (mais) violonista David Sabatino.

Depois de muito tocar em festinhas de amigos, o quinteto (Flanders era contada como membro da banda) gravou uma fita demo e conseguiu um contrato com a Epic, o que resultou nos dois discos abaixo.

October Project (1993)

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Trabalho de estréia da banda, é, como foi dito acima, um disco para desafiar rótulos. O instrumental é muito elaborado, mas sem espaço para solos. Cada instrumentista (incluindo baterista, percussionista e baixista contratados) faz sua parte para montar uma moldura sonora na qual a voz de Fahl, com apoio de Belica, valoriza as excelentes letras de Flanders.

Se só puder ouvir uma música, vá direto para "Take Me As I Am", remotamente inspirada no livro Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice – que depois pirou e virou fanática religiosa.

1. Bury My Lovely
2. Ariel
3. Where You Are
4. A Lonely Voice
5. Eyes Of Mercy
6. Return To Me
7. Wall Of Silence
8. Take Me As I Am
9. Now I Lay Me Down
10. Always
11. Paths Of Desire
12. Be My Hero

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Falling Farther In (1995)

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Em seu segundo disco, o October Project soou um tantinho mais pop, embora as qualidades do primeiro trabalho ainda estivessem presentes. A entrada definitiva do percussionista Urbano Sanchez deu uma certa latinidade que às vezes cai bem, outras não. "Sunday Morning Yellow Sky", por exemplo, ficou desnecessariamente pop com a batidinha reagge/jazzista, a despeito da interpretação apaixonada de Mary Fahl. Já "Adam & Eve" e a faixa título valem o disco.

O álbum chegou a entrar no Top 200 da Billboard, mas ficou abaixo das expectativas da Epic, que encerrou o contrato com a banda. Pouco tempo depois, o October Project se separou.

Recentemente, Adler, Flanders (que agora canta) e Belica voltaram a se apresentar como October Project, mas fica bem claro que falta a liga dada por Mary Fahl, que segue uma injustamente discreta carreira solo.

1. Deep As You Go
2. Something More Than This
3. Sunday Morning Yellow Sky
4. Adam & Eve
5. Johnny
6. Funeral In His Heart
7. After The Fall
8. One Dream
9. Dark Time
10. Falling Farther In
11. If I Could

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