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Galera, esse aqui é um semi-bootleg imperdível. Trata-se do áudio do filme com o mesmo nome, dirigido por Adrian Maben. As faixas 2, 4, 5 e 8 foram gravadas ao vivo (sem platéia) entre 4 e 7 de outubro de 1971, no ginásio da cidade italiana de Pompéia. As demais faixas foram registradas num estúdio em Paris nos três meses seguintes. No filme há ainda entrevistas e imagens da banda passeando pelas encostas do Vesúvio e em estúdio, gravando o clássico The Dark Side Of The Moon. Essas imagens, aliás, são teatrinho, pois as gravações do disco já estavam concluídas quando o filme foi feito.
Para quem não sabe, a cidade de Pompéia era uma rica cidade italiana, local das mansões de veraneio de boa parte da nobreza romana. Seus habitantes viviam à sombra do monte Vesúvio e estavam acostumados a abalos sísmicos provocados pela proximidade do vulcão. Era apensas um vizinho encrenqueiro. Porém, em 24 de agosto de 79 E.A., uma violenta explosão jogou sobre a cidade uma quantidade inimaginável de gases e cinzas, matando pessoas e animais e soterrando-os junto com suas construções.
Em 1738, operários escavavam as fundações de um palácio de verão para Carlos de Bourbon, rei de Nápoles, quando deram de cara com as ruínas de Heculano, cidade vizinha a Pompéia e destruída por uma nuvem piroclástica decorrente da mesma erupção. A descoberta atraiu pesquisadores que escavaram a área até achar, em 1748, as ruínas praticamente intactas de Pompéia. Seu conjunto arquitetônico revela um panorama fascinante da vida romana no início do império, ao passo que os moldes de gesso feitos sobre os corpos de seus habitantes retratam a extensão da destruição causada pelo Vesúvio.
Este foi o cenário escolhido por Maben para capturar a força do Pink Floyd, então ainda mais psicodélico que progressivo. Ouvir as gravações me recorda um comentário do meu irmão Mason ao ver o filme pela primeira vez: “Agora eu sei porque o Nick Mason (baterista) é o único que não canta. Se puserem um microfone na frente, ele desce a porrada nele com as baquetas.”
Como os arquivos estão em 320 kbps, tive que quebrar em dois
1. Intro Song 2. Echoes, Part 1 3. Careful with That Axe, Eugene 4. A Saucerful of Secrets 5. One of These Days 6. Set the Controls for the Heart of the Sun 7. Mademoiselle Nobs 8. Echoes, Part 2
Galera, hoje não muito papo, não. Temos aqui dois bootlegs da época em que Ozzy Osbourne era sinônimo de heavy metal, não comediante patético de TV. O primeiro trás músicas da antológica a apresentação no US Festival, em 1983, com Jake E. Lee substituindo com louvor o lendário Randy Rhoads. Foi a mesma formação que veio ao Rock In Rio um ano e meio depois (eu vi, eu vi, eu vi!). Ah, a capa tosca fui eu que fiz.
Já o segundo traz a apresentação no festival de Castle Donington, em 1986, na excursão do disco The Ultimate Sin. O repertório já não é tão uniforme, mas a energia compensa.
Ah, tô pensando em acrescentar ao blog uma escrotidão que vi nalgumas comunidades: o visitante só vê o link para download depois de deixar um comentário. Só assim o povo volta a comentar. Humpf.
US Festival 1983
1. Bark At The Moon 2. Rock’n’Roll Rebel 3. Suicide Solution 4. Flying High Again 5. Iron Man 6. Crazy Train 7. Believer 8. Paranoid
1. Suicide Solution 2. Never Know Why 3. Mr. Crowley 4. Shot In The Dark 5. I Don’t Know 6. Killer Of Giants 7. Thank God For The Bomb 8. Iron Man 9. Crazy Train 10. Paranoid
Galera, este é, para mim, um dos grandes clássicos dos anos 80.
Minha primeira lembrança do Queensrÿche é esta foto abaixo, publicada na revista norte-americana Circus, numa matéria sobre jovens promessas.
O que mais me chamou atenção foi que os caras eram feios. Mais do que feios, eram comuns. O tipo de cabeludo que se via em qualquer show no Circo Voador ou no Caverna II. Era época da primeira geração do depois chamado Hair Metal, onde o visual era um fator fundamental. Mesmo bandas de metal tradicional, como o Judas ou o Iron Maiden, tinham uma grande preocupação com a imagem. Mas aqueles cinco zés ruelas pareciam ter acabado de sair do emprego na locadora de vídeo para ir a um show – e provavelmente voltariam para suas casas (aliás, dos pais) sem pegar ninguém.
Aí a EMI lançou aqui The Warning. Quando peguei o disco e olhei a foto na contracapa, reparei que eles tinham recebido uma certa produção, embora somente o vocalista Geoff Tate tivesse realmente ganhado um upgrade. Aí eu botei a bolachona para rodar na vitrola (década de 80, lembram) e o meu queixo foi direto para o chão. Pesado, bem produzido, muuuuuito bem tocado e com um vocalista simplesmente desconcertante. Cada música muito diferente da anterior ou da seguinte – coisa incomum em discos de metal. As letras (sim, eu presto atenção nisso) estavam quilômetros acima da média.
Era tão bom que provocou até um certo estranhamento. Não restava dúvida quando a ser um disco de metal – e Iron Maiden era a influência mais marcante –, porém havia algo mais. Havia texturas, jogos de vozes e preocupações com detalhes. Um deles, aliás, me encanta até hoje. Na balada “No Sanctuary”, depois do forte refrão, o “guia de clichês do rock pesado” recomendaria um solo de guitarra ou mesmo um tecladinho maroto. Em vez disso, Geoff Tate começou a assobiar, uma solução ao mesmo tempo simples e inusitada. Coisa de quem entra em estúdio com os neurônios ligados.
A versão em LP terminava com a suíte “Roads To Madness”, até hoje minha música favorita do grupo. Quando a canção terminou, eu entendi. Alguém ali ouviu muito progressivo. No caso, Geoff Tate, que cantava em bandas prog e só topou ser vocalista full time de um grupo de metal quando a banda conseguiu um contrato – Tate gravou duas fitas demo para o grupo, sendo que uma virou o EP homônimo de estréia, mas continuava com suas bandas de progressivo. Por conta disso, o Queensrÿche só fez a primeira apresentação ao vivo depois de assinar o contrato com a EMI.
A diferença entre o Queensrÿche em The Warning e o hoje chamado heavy prog é que, no caso de Tate e sua turma, o toque progressivo não estava em tocar milhões de notas ou mudar o andamento 16 vezes numa música de três minutos. Era um conceito, uma forma de conceber as canções. O resultado foi primoroso.
Esta aqui é a versão remasterizada, com o lado B “Prophecy” e duas canções ao vivo. Está tudo em 192 kbps.
1. Warning 2. En Force 3. Deliverance 4. No Sanctuary 5. NM 156 6. Take Hold of the Flame 7. Before the Storm 8. Child of Fire 9. Roads to Madness 10. Prophecy 11. The Lady Wore Black (Live) 12. Take Hold of the Flame (Live)
Galera, dia 31 sai lá for a o novo EP ao vivo do Nightwish, mas o dito cujo já está aqui na caverna.
Sobre ele, valem dois comentários que se relacionam. Primeiro, louve-se a coerência e a ousadia de Tuomas Holopainen ao tomar uma atitude que eu já havia preconizado aqui. Segundo, cumpre declarar minha completa perda de interesse pela banda.
Quando botei aqui o bootleg Live In Helsinki, escrevi que o único jeito de o novo Nightwish funcionar seria romper radicalmente com a fase anterior da banda. Por mais que Holopainen seja de fato e de direito a força criativa do grupo, o que dava liga ao som do Nightwish era a poderosa voz de Tarja Turunen. As músicas foram feitas para seu registro de soprano dramático. Anette Olzon não tem o mesmo registro – seria, no máximo, soprano ligeiro, caso tivesse um treinamento formal. Ponto. Sua origem sequer é o chamado metal sinfônico, mas a banda de Arena Rock (hoje chamam de AOR) Alyson Avenue. Suas tentativas de cantar as canções antigas do grupo variam entre o banal e o patético. Ela conseguiu destruir “Sleeping Sun”.
A lista de canções do EP mostra que Tuomas se rendeu a essa realidade. São todas músicas gravadas originariamente por Anette, feitas para o registro dela. Essa é uma postura corajosa e honesta com Anette, com as músicas e com os fãs – na medida em que não tenta fingir que é a mesma banda com uma ligeira mudança de formação.
Daí a segunda observação. Eu sou um grande fã do Nightwish antigo, mas o novo não me desperta a mínima emoção. Acho, e isso é exclusivamente a minha opinião, que a voz de Anette não tem personalidade, estendendo esse defeito às músicas que interpreta. Ganhei Dark Passion Play, ouvi bastante – assim como o bootleg e este EP – e me convenci de que não gosto. Como também acho fraco o esforço solo de Tarja. Boa sorte à banda, que os fãs do novo Nightwish desfrutem (afinal, este post é pra eles), mas eu tô fora.
1. Bye Bye Beautiful (Live) 2. Whoever Brings The Night (Live) 3. Amaranth (Live) 4. The Poet And The Pendulum (Live) 5. Sahara (Live) 6. The Islander (Live) 7. Last Of The Wilds (Live) 8. 7 Days To The Wolves (Live) 9. Escapist 10. While Your Lips Are Still Red 11. Cadence Of Her Last Breath (Demo)
Galera, este duplo ao vivo do Rainbow circula oficialmente com dois nomes, Live In Europe e Live In Germany, mas é rigorosamente o mesmo registro da turnê do disco Long Live Rock’n’Roll. Para mim, é o canto do cisne do Rainbow, a despedida de sua fase criativa, com Ronnie James Dio nos vocais, antes de mergulhar o Arena Rock.
Disco 1
1. Kill The King 2. Mistreated 3. Sixteenth Century Greensleeves 4. Catch The Rainbow
Bem galera, já que falamos de clássicos do psicodelismo, este aqui não pode faltar.
Para muitos, este segundo disco do quarteto Iron Butterfly é o “marco zero” do heavy metal. Eu não diria tanto. Para mim, o disco está para o metal (ou o hard rock) como o Homo sapiens idaltu está para os seres humanos modernos, o penúltimo passo da evolução. O disco ainda trazia o som psicodélico da Califórnia como característica predominante, mas já explorava os riff de guitarra e os padrões de baixo e bateria que seriam explorados à exaustão por bandas inglesas e americanas na década seguinte.
Esta aqui é a versão remasterizada (comprei numa viagem a Nova York no tempo das vacas com hipotireoidismo), trazendo duas outras versões da quilométrica faixa título – uma ao vivo e outra condensada para o lançamento em compacto.
1. Most Anything You Want 2. Flowers and Beads 3. My Mirage 4. Termination 5. Are You Happy 6. In-A-Gadda-Da-Vida 7. In-A-Gadda-Da-Vida (live) 8. In-A-Gadda-Da-Vida (single)
Galera, na última semana, diversos amigos, blogueiros de primeira qualidade, indicaram a Caverna para um certo “prêmio Dardos”. Agradeço ao Fireball, ao Progshine, ao Geezer e ao Pirata pelo gesto simpático, mas vou pedir que, pelo menos por enquanto, ninguém mais indique, não. Vou explicar o motivo da aparente antipatia.
Eu dei uma busca na internet à cata da origem do tal prêmio. Não encontrei. Não sei quem é o premiado 01 ou quem teve a idéia. Se alguém souber, por favor avise. Só encontrei referências ao prêmio (na verdade, uma menção honrosa compartilhada entre blogueiros) nos blogs homenageados. A outra coisa que percebi foi um aumento no número de posts deletados – que pode ser mera coincidência.
Vale lembrar, galera, que, embora nossos blogs não tenham qualquer fim lucrativo e sejam feitos com a única intenção de divulgar boa música, essa não é uma atividade legalmente reconhecida, pelo contrário. Somos alvo freqüente da indústria. Tudo bem que eu sou paranóico, mas não me pareceria muito implausível alguém lançar uma corrente online para rastrear blogs, tendo os próprios blogueiros como disseminadores. Seria como, em 1968, o DOI-CODI lançar anonimamente um “prêmio comunista do ano” para que cada militante de esquerda indicasse os dez melhores comunistas. Depois era só passar o rodo.
Sei lá, a gente encara essa atividade com uma paixão tal que esquece o quanto é bom ser prudente.
Mais uma vez, agradeço a lembrança de quem indicou a caverna. Sou fã de vocês todos.
Galera, esse aqui é o áudio da versão em DVD do clássico vídeo ao vivo do U2, gravado no anfiteatro Red Rocks, em Denver, Colorado, em 1983. Algumas das músicas entraram no EP ao vivo, mas o show inteiro nunca saiu em CD.
Para mim, foi a melhor fase da banda – embora também adore The Unforgettable Fire.
1. Out of Control 2. Twilight 3. An Cat Dubh/Into the Heart 4. Surrender 5. Two Hearts Beat as One 6. Seconds 7. Sunday Bloody Sunday 8. Cry/The Electric Co. 9. October 10. New Year's Day 11. I Threw a Brick Through a Window 12. A Day Without Me 13. Gloria 14. Party Girl 15. 11 O'Clock Tick Tock 16. I Will Follow 17. 40
Galera, este pra mim é um dos melhores discos de metal americano dos anos 80. Eu gosto muito do primeiro disco do W.A.S.P., pesadão e cru, mas ainda meio amador. Depois, acho que a banda caiu com a substituição do ótimo batera Tony Richards pelo fraco Steve Riley e com a tentativa de se enquadrar no padrão de rádios.
Mas este aqui é diferente. Riley foi chutado, substituído por um convidado com credenciais incontestáveis: Frankie Banali, do Quiet Riot. De quebra, outro convidado ilustre, o tecladista Ken Hensley, que dispensa apresentações. Mas a qualidade do disco não se baseia só nos músicos, não. As composições são mais variadas, com temas adultos, como guerra, drogas e neuroses.
Mantendo o padrão dos discos anteriores, o W.A.S.P. também lançou mão de covers. Desta vez, a escolhida foi “The Real Me”, uma das músicas mais pesadas da Maior Banda de Rock de Todos os Tempos – The Who, para os leigos. Pois aqui a música recebeu uma dose cavalar de anabolizantes, especialmente por conta de Banali. E Johnny Rod cumpriu à risca uma das mais intrincadas linhas de baixo do gênio John Entwhistle.
Depois, o W.A.S.P. passaria por diversas mudanças de formação e estilo, mas este disco é um clássico.
Ah, esta é a versão remaster, com seis faixas bônus, incluindo mais uma cover, “Locomotive Breath”, do Jethro Tull.
1. The Heretic (The Lost Child) 2. The Real Me 3. The Headless Children 4. Thunderhead 5. Mean Man 6. The Neutron Bomber 7. Mephisto Waltz 8. Forever Free 9. Maneater 10. Rebel in the F.D.G. 11. Locomotive Breath 12. For Whom the Bell Tolls 13. Lake of Fools 14. War Cry 15. L.O.V.E. Machine (live) 16. Blind in Texas (live)
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