terça-feira, abril 28, 2009

Deep Purple – Mark III The Final Concerts (1996)



Esqueçam violinos, fagotes e coisas do gênero. O Deep Purple aqui é hard rock de pé embaixo, ainda que um tanto desconjuntado pelas brigas internas. Trata-se do último show da terceira formação, ainda com Ritchie Blackmore na guitarra.

O ano era 1975, e Blackmore estava de saco cheio. Seis anos antes, a entrada de Ian Gillan e Roger Glover na banda significara a consolidação do hard rock como estilo do grupo, em contraponto às visões mais ecléticas de Jon Lord. No final de 1973, porém, Gillan e Glover foram substituídos por David Coverdale e Glenn Hughes, o que implicou novo direcionamento. Os dois (especialmente Hughes) estavam imersos em soul music, gênero que, na época, também atraía a atenção de Jon Lord. Ian Paice, claro, estava ocupado demais dando porrada na bateria para se envolver com essas coisas.

Se a guinada era sutil em Burn, ficou bem clara em Stormbringer, levando Blackmore a decidir pela saída. Decidiu e ficou na dele. Para todos os efeitos, estava gravando um disco solo com membros do Elf, mas, na verdade, já via ali o embrião de sua nova banda, o Rainbow.

A turnê de divulgação de Stormbringer terminaria em abril com shows em Graz, na Áustria, e em Paris. As faixas 1 e 2 do disco 1 e 3 e 4 do disco 2 são da apresentação austríaca, enquanto as demais são do show parisiense. Como não há retoque perceptível, dá pra ouvir alguns erros, especialmente de Blackmore, que já estava no automático. Por outro lado, ele arrisca apresentar ao público riffs que estava usando em “Still I’m Sad” e “Man On The Silver Mountain”, do primeiro disco do Rainbow.

Pessoalmente, gosto de todos os vocalistas do Purple (não considerando Joe Lynn Turner como tal), mas tenho que reconhecer que a tentativa de Coverdale e Hughes de cantar “Smoke On The Water” fica sofrível...

Disco 1

1. Burn
2. Stormbringer
3. The Gypsy
4. Mistreated
5. Lady Double Dealer
6. Smoke on the Water
7. You Fool No One

Download

Disco 2

1. Space Truckin'
2. Going Down / Highway Star
3. Mistreated
4. You Fool No One

Download

Não há registro em vídeo dessas duas apresentações.

9 comentários:

Anônimo disse...

Já faz tempo que venho acompanhando o Caverna do Som, toda vez tem uma surpresa nova! De arrebentar tudo!
Valeu!

ette lara disse...

Obrigada Dagda pelas sempre execelentes postagens!
Abçs!

Alec disse...

Mesmo com Blackmore de mau humor e tocando de "má vontade", já saía esse puta som... apesar de tudo, o Stormbringer é para mim um dos discos mais legais do Deep Purple. O solo curtinho da "Hold On" é um dos mais inspirados e viajantes que já ouvi. Excelente post, Deep Purple é sempre ótima pedida. Valeu mesmo!

Coverdale disse...

Realmente, esse blog eh muito bom.
Ótimos artefatos!

Pedro disse...

FUDID ESSE BOOTLEG. Creio que em 1974 com a California Jam o Mr. God Blackmore tenha conhecido os caras do ELP...ou estou enganado?...abs..Pedro

Sergio Cataldo disse...

David Coverdale e Glenn Hughes não têm nada de sofrível , muito pelo contrário.Ian Gillan é lendário mas Tanto Glenn Hughes quanto David Coverdale não ficam devendo em nada a ele, apesar de estilos bem distintos.
A MK2, evidentemente tem seus méritos , mas a presença de palco e o carismo dos dois é algo ímpar.
Gillan não engole até hoje o sucesso do Purple sem ele.Por isso o preciosismo de não cantar Burn e outras que não são de sua época na banda.Gosto de Gillan mas ele não é maior que o Deep Purple.Uma vez vi li uma entrevista onde ele era perguntado porque nao cantava Burn e ele respondeu dizendo : Já ouviram Beatles sem Paul Mcartney ? (Comparação totalmente despropositada)
Engraçado , então pq ele cantava Hush ?
MK3 Forever !!! rsss (Uma questão de gosto)

Anônimo disse...

Cara! Só hoje é que descobri esse velho disco que é a base do Made in Europe. Fiquei um pouco chateado pois o Made in Europe era pra mim um dos clássicos do Purple, tido como um dos favoritos da MkIII. Mas resolvi pesquisar e descobri que o disco foi bem editado, com overdubs de palmas e público e que a turnê em si não foi tão bem tocada como se ouve no MIE. Além disso fica patente a briga entre Coverdale e Hughes pelos holofotes, o que acaba sendo muito chato. Na verdade, hoje em dia vejo que Glenn Hughes foi o cara que acabou com o Purple, pois se escolhessem um baixista menos egocentrico e com influências rock o Purple MkIII teria ido mais longe com Blackmore, que era a alma do grupo. Depois, Tomy Bolin foi outra escolha errada e deu no que deu... Eu adoro a MkIII mas a MkII foi muito mais longe em termos de rock.

Anônimo disse...

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