domingo, janeiro 28, 2007

Brian May & Friends - Star Fleet Project (1983)

NOVO LINK!


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Este é um daqueles discos cuja única finalidade parece ser sacanear o ouvinte. No caso, sacanear três vezes. Eu explico.

Em 1983, aproveitando uma pausa no Queen antes da gravação de Works, o guitarrista Brian May chamou uns amigos para uma farra num estúdio. Os amigos, no caso, eram o baixista Phil Chen (do REO Speedwagon), o baterista de estúdio Alan Gratzer (muuuito bom) e ninguém menos que Eddie Van Halen, então o guitarrista mais celebrado do mundo. A brincadeira resultou em três gravações. A primeira é a versão muito vitaminada para o tema de uma série japonesa de ficção científica que o filho de May adorava. A segunda, uma canção abluseada. A terceira, bem, a terceira é um blues instrumental matador de mais de 12 minutos, merecidamente dedicado a Eric Clapton. Aí está a primeira sacaneada. May e Van Halen esfregam seus talentos na cara de nós, meros mortais.

Gravação feita, May ofereceu-a à Capitol Records, que lançou o disco como um EP - para quem não lembra, era um disco de vinil do mesmo tamanho que um LP, mas com a metade do tempo de duração, algo em torno de 20 minutos. Eis a segunda sacaneada. Depois de três músicas arrasadoras, ficamos nós babando por mais.

A terceira sacaneada está no fato de Star Fleet Project nunca ter virado um CD, nem que fosse como bônus de algum disco solo de May. Isso, pelo menos, a gente tem como resolver por aqui.

1. Star Fleet
2. Let Me Out
3. Blues Breaker (Dedicated to E.C.)

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sexta-feira, janeiro 26, 2007

Mountain - Dois CDs

Atendendo a pedidos.

Para mostrar que Meat Loaf não é o único roqueiro em pé-de-guerra com a balança, cá estão dois discos do Mountain, que tinha à frente o guitarrista peso-pesado Leslie West. Para quem não conhece (tisk, tisk, tisk...), o Mountain sempre foi considerado uma espécie de "Cream dos pobres" por dois motivos. O maior deles era a presença no baixo de Felix Pappalardi, que produzira álbuns do power trio inglês e ainda tocara teclados e cordas em alguns discos deles. O outro motivo era o fato de West (com a ajuda de Pappalardi) tocar exatamente no mesmo timbre que Eric Clapton - e isso é um elogio, tá?

Os dois se juntaram em 1969, quando West deixou o grupo The Vagrants para gravar seu disco solo Mountain, produzido por Pappalardi. O que era um projeto solo virou banda com a entrada do batera N.D. Smart e do tecladista Steve Knight. Foi essa formação que tocou no festival de Woodstock, com músicas que entrariam no primeiro disco do grupo, Climbing. Para aumentar ainda mais a associação com o Cream, um dos destaques do repertório era a desconcertante "Theme for an Imaginary Western", de Jack Bruce.

Logo depois do festival, West e Pappalardi deram um pé na buzanfa de Smart. Conta a lenda que West chamou para a banda um batera de Nova York chamado Peter Criss, com que tocara em clubes de jazz e blues. Criss, que era então um ilustre desconhecido, recusou o convite ao saber que seria um músico contratado, e não membro com direito a voto. Três anos depois, ele ajudou a fundar o Kiss e encheu a burra de dinheiro, mas, naquele momento, a recusa pareceu maluquice.

Corky Laing acabou assumindo as baquetas e gravando Climbing, que fez um tremendo sucesso, puxado pela clássica "Mississippi Queen". O disco seguinte, Nantucket Sleighride, também vendeu bem, mas a banda não conseguiu manter o pique e se separou em 1972, após mais um disco de estúdio e um ao vivo. Em 1974 eles ensaiaram uma volta, que rendeu o ótimo disco ao vivo Twin Peaks, mas o retorno foi fugaz.

Em 1983, Pappalardi foi assassinado pela própria esposa, Gail. Ela alegou disparo acidental, mas acabou condenada por homicídio negligente. West e Laing volta e meia ainda se reúnem sob o nome Mountain e chegaram a gravar dois discos, em 1996 e 2002, mas nada que se compare ao trabalho clássico da banda.

Bem, depois desse blá-blá-blá, vamos aos discos. Aqui estão justamente Climbing e Twin Peaks, o tal ao vivo de 1974. Os dois estão na categoria "conhecimento básico" para qualquer candidato a roqueiro.

Ah, para quem quiser discos solo de West, tem uma penca deles da página do Fireball (link na lista da lateral esquerda).

Climbing (1970)



1. Mississippi Queen
2. Theme for an Imaginary Western
3. Never in My Life
4. Silver Paper
5. For Yasgur's Farm
6. To My Friend
7. Laird
8. Sittin' on a Rainbow
9. Boys in the Band

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Twin Peaks (1974)



1. Never in My Life
2. Theme for an Imaginary Western
3. Blood of the Sun
4. Guitar Solo
5. Nantucket Sleighride
6. Crossroader
7. Mississippi Queen
8. Silver Paper
9. Roll over Beethoven.

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quinta-feira, janeiro 25, 2007

Visitem

Galera

Mais uma boa dica na lista de links ao lado. É o New ProgShine, blog do Diego com muita coisa boa de progressivo. Quem passar por lá deve baixar In The Wake Of Poseidon, do King Crimson, obrigatoriamente. Sempre que alguém me pede a melhor definição de progressivo, eu mando a faixa título desse disco.

David Gilmour - David Gilmour (1978)



Este é o primeiro disco solo do guitarrista e vocalista do Pink Floyd. Acho genial, até porque, embora goste de quase tudo do Floyd, tenho preferência pelo discos mais antigos, que tinham predominâncias de canções com excelente instrumental e não de "obras". Minhas favoritas são "There's no way out of here" e o instrumental "Raise my rent".

1. Mihalis
2. There's No Way Out Of Here
3. Cry From The Street
4. So Far Away
5. Short And Sweet
6. Raise My Rent
7. No way
8. It's Deafinitely
9. I Can't Breath Anymore

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domingo, janeiro 14, 2007

Meat Loaf – Bat Out Of Hell (1977)



Atendendo a pedidos.

Numa cena do filme Simplesmente Amor, o menino Sam (Thomas Sangster) conta ao padrasto (Liam Neeson) o plano brilhante que bolou para conquistar uma menina na escola: entrar para a banda da turma. A resposta do padrasto é: "Grande idéia! Mulheres adoram músicos. Até Meat Loaf já deve ter comido alguém uma vez ou outra".

A piada é cruel, mas mostra a presença de Michael (nascido Marvin) Lee Adlay no imaginário musical. E tudo por causa deste disco aqui. Conhecido desde a infância como Meat Loaf (algo como "bolo de carne"), o gordinho Adlay era ator de musicais e tinha gravado um disco em 1971 em parceria com Stoney Murphy, uma colega do elenco de Hair. Em 1972, conheceu Jim Steinman nos ensaios da peça More Than You Deserve.

Compositor de musicais, Steinman ficou logo amigo de Meat Loaf, que via como veículo perfeito para suas idéias. A parceria, porém, só chegou ao vinil cinco anos depois, com resultados que nenhum dos dois podia prever. Bat Out Of Hell teve um parto difícil, especialmente por conta de seu conceito. Mesmo naquela época, as gravadoras americanas gostavam de trabalhar com padrões - "isso aqui é hard rock, isso aqui é pop, isso aqui é assim, isso aqui é assado" e por aí vai. Além disso, aqueles europeus malucos podiam fazer músicas de 20 minutos, mas, para fazer sucesso nos EUA, as músicas tinham que ser curtas e tocáveis em rádio.

Mas como enquadrar um disco em que só duas das sete músicas tinham menos de cinco minutos - e três delas, incluindo a faixa-título, tinham mais de oito minutos cada?!? Para piorar, na tradição dos musicais, Steinman compusera canções bem diferentes entre si. O projeto só decolou quando o renomado guitarrista e produtor Todd Rundgren o adotou.

Com Meat Loaf cantando a plenos pulmões, Rundgren tocando tudo o que sabia e ainda contando com canjas de gente como o saxofonista Edgar Winter, Bat Out Of Hell foi lançado em outubro de 1977 e causou logo um arraso. Até hoje, vendeu 34 milhões de cópias. Falo até hoje porque ele continua vendendo e muito. Cerca de 200 mil cópias por ano. E já rendeu duas continuações.

Mas e a música? Bem, ela é over. Operística, exagerada, às vezes quase caricata. Cantada por Meat Loaf exatamente dentro desse espírito.

1. Bat Out of Hell
2. You Took the Words Right out of My Mouth (Hot Summer Night)
3. Heaven Can Wait
4. All Revved Up with No Place to Go
5. Two out of Three Ain't Bad
6. Paradise by the Dashboard Light
7. For Crying Out Loud

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Marillion - Fish's First Pratice (1981)



Toda banda cria polêmica quando muda um integrante de destaque, especialmente quando é o vocalista. Com o Marillion não poderia ser diferente. Embora eu tenha conhecidos que defendam com unhas e dentes a fase com Steve Hogath, sou partidário intransigente da fase com Fish.

Meu problema com Hogarth começa por achá-lo um vocalista sem personalidade. Pode parecer contraditório, uma vez que Fish imitava descaradamente Peter Gabriel, mas a coisa é mais sutil. Você o reconhece de primeira. Quando ouço uma música do Marillion com Hogarth sem saber do que se trata, tenho uma tremenda dificuldade de identificar a banda porque ele tem o mesmo timbre de milhares de vocalistas de grupos de arena rock dos anos 80.

Não ajudou o fato de a primeira música que ouvi com ele ser absurdamente ruim: "Hooks on You", disparado a pior música que já levou o nome do Marillion. E tem um último aspecto muito importante: as letras. Fish é o meu letrista favorito. Suas letras conseguem ser ao mesmo tempo extremamente complexas e extremamente claras. "Script For a Jester's Tear" fala de amor não correspondido (seu tema recorrente), "The Web" de solidão, "Punch & Judy" de relacionamentos desgastados e por aí vai. Numa primeira leitura, a despeito da complexidade e da teatralidade dos versos, o tema ficava bem claro. Já com Hogarth, por exemplo, a letra de "Uninvited Guest" só fica clara de fato quando se vê o clipe.

Isso significa que a banda não tenha feito coisas boas com Hogarth? Pelo contrário. Brave, por exemplo, é um grande disco, inclusive em termos de letras. Só não é perfeito por conta da baba "Alone Again In The Lap Of Luxury", cruzamento de "Is This Love" do Whitesnake com qualquer coisa do Europe, e de "Paper Lies", um pop na pior tradição de "Hooks on You".

Bem, mas deixando a polêmica de lado, este bootleg aqui é um registro das primeiras gravações de Fish com a banda, em 1981. Naquele ano, ele e o baixista Diz Minnitt se despencaram da Escócia para os arredores de Londres com a intenção de se juntarem ao guitarrista Steve Rothery, ao tecladista Brian Jelliman e ao baterista Mick Pointer, cuja banda ainda se chamava Silmarillion. No disco está basicamente o repertório de seus shows nos primeiros dois anos. Delas, somente três foram depois gravadas oficialmente: "Grendel" (que saiu como compacto), "The Web" (letra de Fish sobre uma música anterior do Silmarillion chamada "Close") e "Garden Party".

O som ainda é bem amador, mas dá para sacar que todos os elementos da fase clássica do Marillion já estavam ali.

Ah, consegui os arquivos via Bit-Torrent, onde foram levantados por um "upador" anônimo. Ficam aqui os agradecimentos a ele.

1. Time For Sale
2. Madcap's Embrace
3. Grendel
4. Snow Angel
5. Skyline Drifter
6. The Web
7. Herne The Hunter
8. Garden Party

Download (parte 1)

Download (parte 2)

sábado, janeiro 13, 2007

Metallica – Woodstock '94 (1994... duh)



Galera, este aqui é um bootleg ensandecido da apresentação do Metallica na reedição do festival de Woodstock em 1994 (tremenda obviedade, né?). Bem, como dá para notar pelo repertório, é a excursão do álbum preto. Ainda que o único disco deles que eu considere muito ruim seja St. Anger, não dá pra negar que em 94 eles estavam no auge, e o que viria depois não seria tão intenso.

Disco 1

1. Breadfan
2. Master Of Puppets
3. Wherever I May Roam
4. Harvester of Sorrow
5. Fade To Black
6. For Whom The Bell Tolls
7. Seek And Destroy

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Disco 2

1. Nothing Else Matters
2. Creeping Death
3. Whiplash
4. Sad But True
5. One
6. Enter Sandman
7. So What

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Blind Faith - Blind Faith Deluxe Edition (1969)

LINK CORRIGIDO
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Galera. Só agora, lendo comentários neste post antigo, vi que tinha feito uma batatada no arquivo do disco 2 - era igual ao disco 1. Agora está corrigido e podem baixar o disco de jams numa boa. Sorry.

Após sair do Cream, Eric Clapton queria montar um grupo sem a aura de lenda e o gigantismo que envolveram o trio com Jack Bruce e Ginger Baker. Como ainda não sentia seguro para assumir os vocais, saiu à cata de um vocalista. Foi quando um amigo recomendou que ele ouvisse um garoto que "cantava como Ray Charles", além de tocar um piano bem direitinho. Foi assim que Clapton juntou-se ao jovem Steve Windwood. Nas jams que se seguiram, agregaram-se à dupla o baixista Rick Grech e novamente Ginger Baker na bateria.

Conta a lenda que a idéia era um projeto menor, mais voltado para blues, mas o empresário de Clapton vendeu como sendo "o novo Cream", "a nova superbanda". Talvez por isso, o quarteto durou somente um disco. Mas que disco... Com Clapton, Windwood e Baker tocando como nunca e o rapaz soltando a voz, clássicos como "Presence Of The Lord" e "Do What You Like" (com seus dez minutos de solo de bateria) remetem imediatamente ao melhor do experimentalismo do fim dos anos 60.

O que era excelente foi melhorado nesta edição comemorativa dupla. No primeiro CD está o disco completo e mais seis outakes. No segundo, quatro jams devastadoras, retratos de um tempo em que o cara para ser músico tinha necessariamente que saber tocar.

Disc: 1
1. Had To Cry Today
2. Can't Find My Way Home
3. Well All Right
4. Presence Of The Lord
5. Sea Of Joy
6. Do What You Like
7. Sleeping In The Ground
8. Can't Find My Way Home (Electric Version)
9. Acoustic Jam
10. Time Winds
11. Sleeping In The Ground (Slow Blues Version)

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Disc: 2
1. Jam No.1: Very Long & Good Jam
2. Jam No.2: Slow Jam #1
3. Jam No.3: Change Of Address Jam
4. Jam No.4: Slow Jam #2

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Aphrodite's Child - 666 (1971)

NOVOS LINKS!

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Este aqui é um prog cascudo do começo dos anos 70. O Aphrodite's Child foi fundado em Paris por um grupo de jovens gregos exilados - na época, a Grécia vivia sob uma ditadura militar casca grossa. A banda era carregada pelo tecladista Vangelis (que ficaria mundialmente famoso com as trilhas sonoras de Carruagens de Fogo e Blade Runner) e pelo vocalista Demis Roussos, cuja carreira posterior descambou para o pop baba.

Este é o disco mais progressivão deles, um álbum duplo inspirado no Apocalipse. Tem algumas esquisitices típicas da época, mas vale a pena conferir, especialmente pelo bom trabalho do guitarrista Silver Kolouris.

Disco: 1

1. System
2. Babylon
3. Loud, Loud, Loud
4. Four Horsemen
5. Lamb
6. Seventh Seal
7. Aegian Sea
8. Seven Bowls
9. Wakening Beast
10. Lament
11. Marching Beast
12. Battle of the Locusts
13. Do It
14. Tribulation
15. Beast
16. Ofis

Disco: 2

1. Seven Trumpets
2. Altamont
3. Wedding of the Lamb
4. Capture of the Beast
5. [Infinity Symbol]
6. Hic and Nunc
7. All the Seats Were Occupied
8. Break

Download (Disco 1)

Download (Disco 2)

The Yardbirds - Live Featuring Jimmy Page (1968)

NOVO LINK!

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Galera, este post remetia para um arquivo do falecido blog Chris Goes Rock. Como o blog fechou, os links caducaram. Assim, acabo de reupar o arquivo por aqui mesmo. Desta vez está tudo num único arquivo sem senha. Divirtam-se.

Cabe aqui um pouquinho de História. Desde o começo dos anos 60, o quinteto Yardbirds fazia bonito tocando em bares e acompanhando bluesmen que se apresentavam na Inglaterra - para diminuir custos, os velhinhos viajavam sozinhos e contratavam uma bandinha local. Boa parte da reputação do grupo se devia ao guitarrista solo, um certo Eric Clapton. Em 1965, alegando insatisfação com a pegada pop do single "For Your Love", Clapton pediu o boné e se mandou. Para substituí-lo, chamaram outro garoto mais ou menos talentoso: Jeff Beck. Um ano depois, foi a vez do baixista Paul Samwell-Smith pedir as contas, abrindo caminho para que Beck convidasse um amigo para a vaga, um tal de Jimmy Page - o que devia ser o cenário roqueiro daquela época... Não levou muito tempo para Page trocar de instrumento com o outro guitarrista, Chris Dreja, e começar a duelar com Beck na guitarra e no ego. Resultado? Beck pulou fora e deixou Page reinando sozinho, ao lado de Dreja, do vocalista Keith Relf e do baterista Jim McCarty. O quarteto durou pouco. Em 1968, Relf e McCarty foram fundar o Renaissance, Dreja tornou-se fotógrafo e Page ficou com um mico na mão: shows na Escandinávia para os quais já tinha recebido. A solução foi improvisar uma banda com o amigo John Paul Jones e com dois guris desconhecidos: John Bonham e Robert Plant. O resto, bem vocês sabem...

Isso aqui é um pirata dessa curta fase como quarteto. Mostra que o som do Led Zeppelin já estava todo na cabeça de Jimmy Page, faltava apenas os parceiros para dar a sonoridade - tanto que "I'm Confused" nada mais é que "Dazed And Confused" com outra letra. Canções tradicionais dos Yardbirds, como "You're a Better Man Than I" e "Heartful of Soul" estão mais raçudas, e a voz de Relf está curiosamente grave.

Ah, no século passado, eu ganhei uma fita cassete com esse disco. Presente de uma amiga que sabe tudo de rock'n'roll e que, aliás, me despertou o vício pelo download de MP3. A culpa é dela!!!

1. The Train Kept A Rollin'
2. You're a Better Man Than I
3. Heartful of Soul
4. I'm Confused
5. My Baby
6. Over Under Sideways Down
7. Drinking Muddy Water
8. Shapes of Things
9. White Summer
10. I'm A Man

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sexta-feira, janeiro 12, 2007

Zé Ramalho - A Peleja do Diabo com o Dono do Céu (1979)



Antes que alguém estranhe, não, a Caverna do Som não mudou de foco. Continua a ser um blog de rock, com ênfase em rock clássico, progressivo, metal e hard rock. Por que então esse disco está aqui? Essa pergunta tem três respostas.

Primeiramente, foi um pedido de uma visitante chamada Priscila. E este blog tem como política atender, na medida do possível os pedidos de visitantes, especialmente quando são representantes do sexo ideal - chamar mulher de "sexo oposto" sempre me pareceu coisa de quem não aprecia.

Segundamente porque o disco é bom à beça. Ponto.

Terceiramente porque ele permite levantar umas indagações interessantes sobre o que seria "rock brasileiro". Seria só rock cantado em português ou uma música que juntasse elementos do rock com sonoridades brasileiras? Para quem começou a ouvir música antes de 1980, falar em rock brasileiro trazia imediatamente à idéia o nome de Raul Seixas, roqueiro até a medula e que sempre cultivou nervosa distância dos tropicalistas. Isso não o impediu de fazer músicas sertanejas ("Medo da Chuva" e "Trem das Sete") e até emboladas ("Os Números"), não muito distante das propostas dos tropicalistas. Essa ponte, a meu ver, fora aberta por Gilberto Gil ao regravar com arranjo roqueiro em seus segundo disco o baião "Procissão", que constava de seu trabalho anterior.

Nos anos 70, embora houvesse grupos de rock que só replicavam fórmulas importadas, essa fusão explodiu em trabalhos tremendamente criativos. Sá, Rodrix e Guarabyra (qualquer dia eu boto aqui) era roqueiros e brasileiros, criando até a expressão rock rural para definir esse som híbrido. Os mineiros do Clube da Esquina iam muito além dos Beatles em sua influência e misturavam o rock com as raízes de sua música num resultado notável - "Um Girassol da Cor de seu Cabelo" cabe em qualquer disco de progressivo.

A meu ver, essa fusão chegou ao auge com os nordestinos, que não viam nenhum problema em juntar a viola com a guitarra. Daí um dos melhores hard rocks brasileiros da época ser "Galos, Noites e Quintais", do fanho Belchior. Ou a psicodélia pesada de "A Dança das Borboletas", parceria de Zé Ramalho e Alceu Valença, gravada por aquele com uma guitarra doida de Sérgio Dias gravada em vários canais diferentes. Daí não ser estranha a presença dos sintetizadores de Patrick Moraz, suíço que tocou com o Yes, no primeiro disco solo de Zé. Esse disco aqui talvez seja até menos roqueiro, mas só o arranjo de "Jardim das Acácias" vale o download.

Aí chegou a minha geração. Um bando de mauricinhos da Zona Sul carioca, dos Jardins Paulistas e, pior ainda, da elite brasiliense, que, sob influência da ideologia punk, via tudo que fosse brasileiro como coisa de velho ou de hippie. Faziam uma new wavezinha chocha e pretensiosa, simplesmente cantada em português. Mudasse o idioma, passaria por new wavezinha chocha e pretensiosa de qualquer outro lugar. Só descobriram que viviam num país musicalmente rico quando seus ídolos como David Byrne e Arno Lindsey, disseram isso. Até que veio um nordestino (de novo eles) e retomou, com um pouquinho mais de marketing, o que seus conterrâneos já faziam na década anterior. Era Chico Science, e aí a coisa voltou a ficar um pouquinho divertida.

1. A Peleja do Diabo Com o Dono do Céu
2. Admirável Gado Novo
3. Falas do Povo
4. Beira-Mar
5. Garoto de aluguel (Taxi Boy)
6. Pelo Vinho e pelo Pão
7. Mote das amplidões
8. Jardim das Acácias
9. Agônico
10. Frevo Mulher

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quinta-feira, janeiro 11, 2007

Van Halen - Van Halen II (1979)

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Atendendo a pedidos, volta o post que inaugurou a Caverna.

1. You're No Good
2. Dance The Night Away
3. Somebody Get Me A Doctor
4. Bottoms Up!
5. Outta Love Again
6. Light Up The Sky
7. Spanish Fly
8. D.O.A.
9. Women In Love...
10. Beautiful Girls

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David Gilmour - On An Island (2006)

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Contribuição do parceiro Mason. É o novo disco solo de David Gilmour, guitarrista e vocalista do Pink Floyd. Esta versão contém uma faixa bônus que saiu numa edição norte-americana ultra limitada.

1. Castellorizon
2. On An Island
3. The Blue
4. Take A Breath
5. Red Sky At Night
6. This Heaven
7. Then I Close My Eyes
8. Smile
9. A Pocketful of Stones
10. Where We Start
11. Island Jam (faixa bônus)

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quarta-feira, janeiro 10, 2007

Pearl Jam – The Versus Session (1993)



Esta ainda é uma homenagem a Marília, que adorava Pearl Jam. É uma coletânea de compactos, demos, músicas de trilhas sonoras e ainda a apresentação de Eddie Veder com os Doors no Rock'n'Roll Hall Of Fame.

1. Wash
2. Dirty Frank
3. Oceans
4. Footsteps
5. Breath
6. State Of Love And Trust
7. Girl
8. Alone
9. Hold Your Head Up
10. Mistery
11. Yellow Ledbetter
12. Roadhouse Blues
13. Breal On Throught
14. Light My Fire

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sexta-feira, janeiro 05, 2007

Queen - Live 1975 (1975 duh...)

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Este aqui é um bootleg daquela que, para mim, é a melhor fase do Queen, até A Night At The Opera. Eles faziam um rock com um pé no hard e outro no progressivo, com bons instrumentais, harmonias criativas etc. Dali em diante, ainda continuassem produzindo algumas grandes canções, foram se tornando cada vez mais pop. Mas o caso aqui é o auge criativo deles, incluindo músicas do maravilhoso e subestimado Queen II. O show foi gravado de rádio e já sofreu muito, mas está bem aceitável, a despeito de um chiado metálico típico das primeiras conversões de MP3. Ah, "Bohemian Rhapsody" (sem a ópera), "Killer Queen", e "March Of de Black Queen" formam um meddley. Fica mais interessante ouvir quando queimado num CD, sem a interrupção entre os arquivos.

1. Now I'm Here
2. Ogre Battle
3. Bohemian Rhapsody
4. Killer Queen
5. March Of The Black Queen
6. Brighton Rock (Brian May's solo)
7. Keep Yourself Alive
8. Liar
9. In The Lap Of The Gods
10. Seven Seas Of Rhye
11. See What Fool I've Been
12. God Save The Queen

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quinta-feira, janeiro 04, 2007

Dica

Atenção galera.

Dêem uma conferida no Demência 13, do parceiro Hazz, pois ele tem um programa para trambicar tanto o Megaupload quanto o Rapidshare.

Bill Ward - Ward One (1989)

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Tirando aqueles jumentinhos para os quais o rock pesado nasceu com os Linkinbizkiknot da vida, o nome Bill Ward é quase objeto de culto. Comandando as baquetas do Black Sabbath, ele estabeleceu os parâmetros do que viria a ser a batida do rock pesado, ao lado, claro, de John Bonham, Ian Paice e até mesmo Keith Moon.

A questão é que, além de bater como um alucinado, Bill Ward canta. E bem. São creditados oficialmente a ele os vocais em pelo menos duas músicas do Black Sabbath, "It's Alright", de Technical Excstasy, e "Swinging The Chain", de Never Say Die!. Ward tocou com o Sabbath desde a fundação do grupo, em 1968, até 1980, quando saiu por problemas de bebida e saúde. Voltou para gravar o sensacional (eu acho; se você não acha, "paciência") Born Again em 1983, saiu de novo e fez aparições esporádicas, voltando para a Reunion Tour de 1998.

Este aqui é o primeiro disco solo do sujeito, lançado em 1989. Muito bom e criativo; pesado sem ficar preso aos padrões do heavy metal. Ozzy Osbourne e Jack Bruce (Cream) fazem participações. Vale baixar, até porque está completamente fora de catálogo.

1. Shooting Gallery (Mobile)
2. Short Stories
3. Bombers (Can Open Bomb Bays) c/ Ozzy Osbourne
4. Pink Clouds an Island
5. Light up the Candles (Let There Be Peace Tonight) c/ Jack Bruce
6. Snakes and Ladders
7. Jack's Land
8. Living Naked c/ Rue Phillips
9. Music for a Raw Nerve Ending
10. Tall Stories c/ Jack Bruce
11. Sweep
12. Along the Way


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segunda-feira, janeiro 01, 2007

Alice Cooper - Raise Your Fist And Yell (1987)



Inventor do chamado "rock horror" no início dos anos 1970, Alice Cooper começou a década seguinte mais perdido que pum em bombacha. Completamente tomado por drogas e álcool, tentou atirar para todos os lados, incluindo música eletrônica e New Wave, na busca pelo sucesso comercial de discos como Killers e Billion Dollar Babies. Em 1983, estava com a vida e o casamento em frangalhos e em vias de perder o contrato com a Warner.

Depois de dois anos de reabilitação, conheceu o guitarrista Kane Roberts, uma montanha de músculos que, embora não fosse nenhum gênio nas seis cordas, compunha bons rocks pesados e tinha uma tremenda noção de espetáculo. Na época, bandas de hard rock e heavy metal mais comercial (que depois ganhou o apelido "hair metal") estavam em alta, muitas delas com claras influências do material clássico de Cooper. Nada mais natural que ele também faturasse com aquela onda.

O disco de retorno foi Constrictor, de 1986, que eu, pessoalmente, não acho nenhuma Brastemp, mas que fez sucesso graças à música "He's Back (The Man Behind The Mask)", incluída na trilha-sonora de Sexta-Feira 13 parte VI. A dupla Cooper/Roberts acertou a mão de fato no ano seguinte, com este disco aqui. Som pesado, com uma cozinha poderosa formada por Kip Winger (que depois montaria a própria banda) e Ken K. Mary (do ótimo Fifth Angel) e Roberts compensando a própria limitação nos solos com riff de primeira. Nas letras, Cooper mandava um protesto contra a onda conservadora que tentava então enquadrar os roqueiros nos EUA.

Claro que o lado macabro na podia ficar de fora. As três últimas músicas, que sozinhas já valem o disco, contam a história de um assassino obcecado por uma noiva chamada Gail. Tudo termina com (muito) sangue cenográfico.

1. Freedom
2. Lock Me Up
3. Give the Radio Back
4. Step on You
5. Not That Kind of Love
6. Prince of Darkness
7. Time to Kill
8. Chop, Chop, Chop
9. Gail
10. Roses on White Lace

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