domingo, fevereiro 25, 2007
Iron Butterfly - Live (1970)
A prova de que o heavy metal é um filho bonito é que sua paternidade é intensamente disputada. Seja lá qual for a genealogia do gênero, em seu DNA consta uma dose cavalar de Iron Butterfly, banda psicodélica norte-americana fundada em 1966 (cacete, é da minha idade!!!) pelo tecladista e vocalista Doug Ingle. Depois do disco de estréia, Heavy, de 1968, todos os demais integrantes (menos o baterista Ron Bushy) pediram o boné. Com o baixista Lee Dorman e o guitarrista Erik Braunn (então com apenas 17 anos), o grupo gravou no mesmo ano um disco seminal, In-A-Gadda-da-Vida. Com uma versão bem mais pesada da psicodélia de contemporâneos como Doors e Jefferson Airplane, o disco estourou e vendeu nada menos que quatro milhões de cópias - uma soma inimaginável para a época -, puxado pela faixa-título, um tour de force de vinte minutos, como solos de bateria e um riff que certamente influenciou a rapaziada inglesa que patentearia o rock pesado nos anos seguintes. Claro que esse sucesso foi fugaz. O disco seguinte, Ball, ainda vende alguma coisa, mas a banda se fragmentou com a saída de Braunn em 1970, encerrando os trabalhos no asno seguinte.
Aqui nos temos um presentão do meu irmão Mason, o disco Iron Butterfly Live, de 1970, último registro da formação clássica do grupo. Destaque, claro, para a versão ao vivo de "In-A-Gadda-da-Vida". Ah, antes que alguém pergunte, o título da música significa "no jardim da vida" em spaninglish, a versão americana do nosso portunhol.
1. In The Time Of Our Lives
2. Filled With Fear
3. Soul Experience
4. You Can't Win
5. Are You Happy
6. In-A-Gadda-Da-Vida
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sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Black Sabbath & Rob Halford – Ozzfest 2004
Galera, isso aqui é uma tremenda cortesia do parceiro Fireball, dono de um dos melhores blogs de rock que eu conheço. Seguem os comentários dele.
"No dia 15 de novembro de 1992 em Costa Mesa, Los Angeles, Ronnie James Dio resolveu abandonar o Black Sabbath pouco antes do início de um show que seria realizado no Pacific Amphitheatre ao saber que Ozzy Osbourne participaria de uma jam com a banda.
Por sorte, Rob Halford estava lá e encarou o desafio de assumir o posto de frontman do Black Sabbath na base do improviso, permitindo a reunião com Ozzy após vários anos. Esse registro histórico ficou gravado no bootleg 'Ozzy Meets The Priest'.
"Em 2004, quando o Black Sabbath era headliner do Ozzfest, Ozzy Osbourne ficou doente pouco antes da apresentação da banda, ficando impedido de subir ao palco. Quis o destino mais uma vez que Rob Halford estivesse lá para segurar as pontas (sem trocadilho de duplo sentido – Nota do Dagda: em se tratando de Rob Halford, o certo seria duplo sentado).
"E aqui está o registro dessa apresentação do segundo encontro do Black Sabbath com o 'Metal God', ocorrido em 26 de agosto de 2004.
"O áudio, apesar de bootleg, está de boa qualidade."
1. Announcer
2. Intro
3. War Pigs
4. N.I.B.
5. Fairies Wear Boots
6. Into The Void
7. Black Sabbath
8. Iron Man
9. Children Of The Grave
10. Paranoid
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quinta-feira, fevereiro 22, 2007
Pappo's Blues – Pappo's Blues 71-75
Atendendo a pedidos, Pappo's Blues.
Este disco aqui foi presente doméstico. Há uns quatro anos, minhas férias e as da patroa desencontraram. Para não ficar em casa moscando enquanto eu trabalhava, ela resolveu levar a mãe para conhecer Buenos Aires. Perguntou o que eu queria de presente. Pensei em pedir para ela deixar a velha lá, mas acho que ia pegar mal. Aí pedi qualquer CD de Pappo's Blues. Ela acertou em cheio.
O disco é uma coletânea dos seis discos que o guitarrista gravou entre 1971 e 1975 (óbvio, né?), quando Norberto "Pappo" Napolitano estava completamente imerso em blues rock e um pouquinho de hard rock.
Para mais informações sobre Pappo (incluindo as letras das músicas), vale conferir esta página na Internet.
01 - Algo Ha Cambiado
02 - El Viejo
03 - Elhombre Suburbano
04 - A Dónde Está La Libertad
05 - Tren De Las 16
06 - Insoluble
07 - Solitario Juan
08 - Desconfío De La Vida
09 - Blues De Santa Fé
10 - El Sur De La Ciudad
11 - Trabajando En El Ferrocarril
12 - Caras En El Parque
13 - Stratocaster Boogie
14 - Sucio Y Desprolijo
15 - Fiesta Cervezal
16 - Abelardo El Pollo
17 - El Palacio De La Monaña En Invierno
18 - Gato De La Calle Negra
19 - Con Elvira Es Otra Cosa
20 - Mírese Adentro
21 - Slide Blues
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quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Timothy Pure - Dois CDs
Blood Of The Berry (1997)
Essa banda eu devo ao meu irmão Mason, contribuinte bissexto aqui do blog. Foi ele, que manja tudo de progressivo, que me presenteou com Blood Of The Berry anos atrás, já dando o caminho das pedras: "Bicho, presta atenção nas harmonias vocais". De fato, embora todos toquem muito, o que mais salta é a categoria vocal do tecladista Mathew Still. Com uma voz mais para grave, ele tem ótima afinação e sabe transmitir muito bem a emoção da músicas. Por conta disso, na primeira audição fica a idéia de um disco de canções, como os primeiros e excelentes trabalhos do Pink Floyd, em vez daquelas longas suítes instrumentais. É preciso ouvir de novo para sacar o ótimo trabalho do guitarrista Zog, do baixista e letrista Andre Neitzel e, principalmente, do baterista Chris Wallace.
1. Thieves
2. The Aberration
3. Blood Of The Berry
4. Private Hedge
5. Slide
6. The Afterglow
7. The Interim
8. Without Words
9. Ornament
10. Magdalena Hell
11. Where Mercy Ends
12. Incineration Point
13. Through The Fountain's Eye
14. When Vices Collide
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Island Of The Misfit Toys (1999)
Aqui eu devolvi a gentileza. Comprei assim que saiu e gravei pro Mason. É bem parecido com o anterior.
1. A Damp Preserve
2. The Fly-Man And The Snake
3. Finders Keepers
4. Hush
5. The Engine Roars
6. Tribes
7. Playground Politics
8. Mia's Game
9. Misha Superhero
10. Island Of The Misfit Toys
11. Behind The Front
12. Channels
13. Safe
14. Soil
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terça-feira, fevereiro 20, 2007
Dá vontade de parar
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
Riff – Em Acción (1983)
Em 1984, eu começara a trabalhar numa revista cujo dono era argentino. Um belo dia, ele chegou e disse para eu ouvir um disco. Era este aqui, um álbum duplo ao vivo do quinteto portenho Riff. Lembro que na época eu disse que não era só em votar para presidente que a Argentina estava muito à nossa frente. Enquanto aqui nossas bandinhas ainda tocavam com equipamento tosco (era proibido importar instrumentos musicais) em lugares modestos do tipo Circo Voador e mais tarde o Caverna II, o Riff lotara o ginásio de Obras (uma espécie de Maracanãzinho de Buenos Aires) com um show de nível europeu.
Riff era o resultado de uma viagem que o guitarrista e cantor Norberto "Pappo" Napolitano fez à Europa no finas dos anos 70. Desde o final da década anterior ele se notabilizara por gravar discos de blues rock (com um pezinho no hard rock) chamados simplesmente Pappo's Blues, mas naquela viagem ele conhecera o nascedouro heavy metal.
Ao voltar para casa, chamou o baixista do Pappo's Blues, Víctor "Vitico" Bereciartúa, para montar uma nova banda, juntamente com o baterista francês Michel Peyronel e o segundo guitarrista Boff Serafine. Depois de um bom disco de estréia, Ruedas de Metal, o tecladista Danny Peyronel, irmão de Michel, juntou-se ao quarteto. É essa formação que está no disco ao vivo.
O som está no meio caminho entre o metal ("Maquinación", "Pantalla de um mundo nuevo" e "La dama del lago") e o hard rock, sempre calcado na excelente guitarra e na voz rouca de Pappo.
Na época eu falei tão bem do disco que, anos depois, o Mason me trouxe de uma viagem à Argentina, junto com Ruedas de Metal e Épico, uma bela coletânea. Presentaço.
1. Introducción
2. Maquinación
3. Mucho por hacer
4. Mal romance
5. La dama del lago
6. Ruedas de metal
7. Pantalla de un mundo nuevo
8. Héroes del asfalto
9. No pasa nada en esta ciudad
10. Macadam 3...2...1...0...
11. Susy Cadillac
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domingo, fevereiro 18, 2007
The Black Crowes – Quatro CDs
Shake Your Money Maker (1990)
1. Twice As Hard
2. Jealous Again
3. Sister Luck
4. Could Have Been So Blind
5. Seeing Things
6. Hard To Handle
7. Thick 'N' Thin
8. She Talks To Angels
9. Struttin' Blues
10. Stare It Cold
11. Don't Wake Me (bonus version)
12. She Talks To Angels (acoustic)
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The Southern Harmony and Musical Companion (1992)
1. Sting Me
2. Remedy
3. Thorn In My Pride
4. Bad Luck Blue Eyes Goodbye
5. Sometimes Salvation
6. Hotel Illness
7. Black Moon Creeping
8. No Speak No Slave
9. My Morning Song
10. Time Will Tell
11. Sting Me (Slow)
12. 99 lbs. (bonus version)
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Amorica (1994)
1. Gone
2. A Conspiracy
3. High Head Blues
4. Cursed Diamond
5. Nonfiction
6. She Gave Good Sunflower
7. P. 25 London
8. Ballad In Urgency
9. Wiser Time
10. Downtown Money Waster
11. Descending
12. Song Of The Flesh (bonus version)
13. Sunday Night Buttermilk Waltz (bonus version)
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Three Snakes & One Charm (1996)
1. Under A Mountain
2. Good Friday
3. Nebakanezer
4. One Mirror Too Many
5. Blackberry
6. Girl From A Pawnshop
7. (Only) Halfway To Everywhere
8. Bring On, Bring On
9. How Much For Your Wings?
10. Let Me Share The Ride
11. Better When You're Not Alone
12. Evil Eye
13. Just Say You're Sorry (bonus version)
14. Mellow Down Easy (bonus version)
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Jethro Tull – Song For Jeffrey (1969-70)
Este aqui é tremendo bootleg (com ótima qualidade de som) lançado em 1995, compreendendo shows do Jethro Tull entre janeiro de 1969 e maio de 1970. Para muitos, é a melhor fase da banda de Ian Anderson, quando ainda tinha vínculos com sua origem bluseira e fazia canções altamente criativas, mas não "obras" progressivas como fez depois.
1. Back To The Family
2. Nothing Is Easy
3. By Kind Permission Of
4. Martin's Tune
5. Dharma For One
6. A Song For Jeffrey
7. To Cry You A Song
8. My God
9. To Be Sad Is A Mad Way To Be
10. My Sunday Feeling
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sábado, fevereiro 17, 2007
The Black Crowes – Sho' Nuf Live EP (1998)
Tenho que confessar que não conhecia praticamente nada dos Black Crowes até o memorável show deles no Hollywood Rock, abrindo para Jimmy Page e Robert Plant em 1996. Esse imperdoável lapso, porém, teve suas vantagens. Dois anos depois, quando as minhas vacas engordaram o bastante para comprar CDs via Internet e resolvi montar uma coleção deles, descobri na CD Universe uma caixa chamada Sho' Nuf que trazia, além de todos os quatro CDs do grupo até então com faixas bônus, um CD ao vivo com cinco gravações inéditas feitas exatamente na excursão que veio ao Brasil.
Bem, eis aqui o bichinho.
1. No Speak No Slave
2. Sometimes Salvation
3. Cursed Diamond
4. Hard to Handle
5. Remedy
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sexta-feira, fevereiro 16, 2007
Twisted Sister - Still Hungry (2004)
De uns tempos pra cá virou moda refazer discos. Não me refiro à escrotidão de Ozzy Osbourne, que lançou novas versões de Blizard Of Ozz e Diary Of A Madman para limar a participação de Bob Daisley e Lee Kerslake. Estou falando de gente que pega um disco seu antigo e remixa ou regrava, corrigindo "equívocos" do original. Um bom exemplo é Let It Be Naked, no qual Paul McCartney apagou os corinhos e cordas boiolas enfiados pelo produtor Phil Spector no Let It Be original.
Outro excelente exemplo é este disco aqui. No caso, carece uma contextualizada. Apesar de só ter conseguido gravar o primeiro disco em 1982, o Twisted Sister suava os untos na cena novaiorquina desde o começo da década anterior - Jay Jay French criou a banda em 1972, depois de ser recusado num teste para o Kiss (Ace Frehley ficou com a vaga). O vocalista Dee Snider, que para muitos era o dono do grupo, só entrou em 1976. A maquiagem berrante era uma característica herdada de grupos contemporâneos como New York Dolls, Alice Cooper e o próprio Kiss, mas o som era bem pesado e sujo. Gravaram compactos independentes e foram fazer o primeiro disco, Under The Blade, na Inglaterra, com produção do ex-UFO Pete Way.
Por isso - e pela óbvia diferença do som - era uma injustiça associar o TS à bandas de hair metal que começaram a surgir na mesma época na Califórnia. Não que elas fossem ruins, mas eram (literalmente) outra praia. Depois de um segundo disco igualmente pesado (You Can't Stop Rock'n'Roll, de 1983), o Twisted Sister embarcou na gravação do terceiro já diante da explosão do glam/hair. Não por acaso, a produção ficou a cargo de Tom Werman, o sujeito que vinha produzindo nove entre dez bandas baseadas em Los Angeles. Stay Hungry foi um tremendo sucesso, puxado por "We're Not Gonna Take It" e "I wanna rock", mas para quem conhecia o TS, estava na cara que a força da banda tinha sido domada. As músicas eram boas, mas não tinham punch. Depois, fizeram mais dois discos fracos (e com muita produção) e acabaram, como Snider previra numa entrevista à revista Metal brasileira, aliás.
Eis que, vinte anos depois, os malucos se juntaram para regravar o disco "como ele deveria ter sido". Se, em 1984, as músicas prometiam, hoje elas cumprem. Especialmente por conta do bateria A.J. Pero. No original, parecia que ele estava amarrado. Neste, a impressão que se tem é que falaram: "meu filho, porra o que passar pela frente e não se preocupa." Como se não bastasse, tem ainda duas faixas (10 e 11) deixadas de fora do disco original e outras cinco (12 a 16) gravadas agora.
1. Stay Hungry
2. We're Not Gonna Take It
3. Burn in Hell
4. Horror Teria: Captain Howdy/Street Justice
5. I Wanna Rock
6. The Price
7. Don't Let Me Down
8. The Beast
9. SMF
10. Never Say Never
11. Blastin' Fast and Loud
12. Come Back
13. Plastic Money
14. You Know I Cry
15. Rock 'N' Roll Saviors
16. Heroes Are Hard to Find
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quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Le Orme – Uomo di Pezza (1972)
Felona E Sorona pra cá, Felona E Sorona pra lá, Felona E Sorona é assim, é assado... Tá bom, tá bom, é um grande disco, mas, na minha humilde opinião, a obra-prima do trio (hoje quarteto) de progressivo italiano Le Orme é esta aqui.
1. Una dolcezza nuova
2. Gioco di bimba
3. La porta chiusa
4. Breve immagine
5. Figure di cartone
6. Aspettando l'alba
7. Alienazione
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terça-feira, fevereiro 13, 2007
Loreena McKennitt – The Visit (1992)
Complementando o post anterior, este é, para mim, o melhor disco dela. Foi também o primeiro a fazer algum sucesso comercial, por conta da inclusão de "Bonny Portmore" na trilha sonora de Highlander 3. Não tem uma única música ruim, mas meu coração balança mais com a já citada "Bonny Pormore", "Tango to Evora", "The Old Ways" (melhor música de Loreena, na minha opinião) e "Greensleves". Esta, universalmente conhecida na versão instrumental, aparece aqui com o poema que o rei Henrique VIII fez à guisa de letra no século XVI. A despeito de ter entrado para a História como matador de esposas (o que nem é tão grave assim), Henrique era um dos homens mais cultos de seu tempo, versado em filosofia, ciências e teologia.
Além do compositor real, Loreena conta no disco com alguns parceiros surpreendentes. "The Lady Of Shalott" e "Cymbeline" são músicas dela sobre poemas de Tennyson e Shakespeare, respectivamente. Cousa fina, como se dizia em tempos mais felizes.
1. All Souls Night
2. Bonny Portmore
3. Between The Shadows
4. The Lady Of Shalott
5. Greensleeves
6. Tango To Evora
7. Courtyard Lullaby
8. Old Ways
9. Cymbeline
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Loreena McKennitt – Parallel Dreams (1989)
Bem, nos últimos posts tivemos metal, blues, gótico, progressivo etc. etc. etc. Acho que está na hora de rolar uma musiquinha céltica pra aliviar.
Este aqui é o terceiro disco da cantora, tecladista e harpista canadense Loreena McKennitt. É, ao lado de The Visit, o disco seguinte, o meu favorito. De The Mask And Mirror em diante, ela embarcaria numa viagem místico-musical ao oriente, embora altamente criativa, afastou-a das raízes célticas de seu trabalho. É muito bom, mas já não me seduz tanto.
1. Samain Night
2. Moon Cradle
3. Huron "Beltane" Fire Dance
4. Annachie Gordon
5. Standing Stones
6. Dickens' Dublin (The Palace)
7. Breaking the Silence
8. Ancient Pines
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sábado, fevereiro 10, 2007
Gary Moore – Dois discos
After The War (1989)
Este aqui é um dos meus discos favoritos e, sem dúvida, o mais heavy metal que Moore gravou. Tirando "Ready For Love" (aparentemente uma tentativa de conquistar uma brecha no mercado americano), o resto é só pérola. Guitarra afiada, vocal rascante e, o que nem sempre é regra no gênero, boas letras. "Led Clones", com participação de Ozzy nos vocais, é uma paulada nos imitadores de Led Zeppelin, enquanto "Blood Of Emeralds", talvez a melhor música de Moore, mistura auto-biografia com homenagem ao amigo Phil Lynott, temperada com doses cavalares de orgulho irlandês (daí o "sangue de esmeraldas" do título). Atenção para um vozeirão grave fazendo backing vocals no refrão. É outro irlandês endiabrado, ainda que de outra praia: Andrew Eldritch, voz e alma do Sisters of Mercy.
Participações especiais, aliás, são alguns dos destaques do disco. Na bateria temos os lendários Cozy Powell e Simon Philips; no baixo, Bob Daisley, nos teclados, entre outros, Don Airey, com quem Moore tocou no ótimo Colosseum II. Timaço.
Para finalizar, a versão instrumental que ele fez para "The Messiah Will Come Again", de Roy Buchanan, é tudo.
1. Dunluce (Part 1)
2. After The War
3. Speak For Yourself
4. Livin' On Dreams
5. Led Clones
6. The Messiah Will Come Again
7. Running From The Storm
8. This Thing Called Love
9. Ready For Love
10. Blood Of Emeralds
11. Dunluce (Part 2)
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Still Got The Blues (1990)
Eis que, um ano depois daquela tijolada, Moore lança um disco de blues. Blues inglês, claro. Mais pesado, com uma guitarra um tantinho mais intensa, mas blues. Vale lembrar que, ao embarcar na carreira musical, nos anos 60, Moore tinha como modelo o lendário Peter Green, fundador do Fleetwood Mac, que, para quem não sabe, foi uma das melhores bandas de blues da Inglaterra, antes de virar banda familiar pop nos EUA.
Aqui, Moore literalmente faz a guitarra chorar. Presta homenagem a Green e a B.B. King, conta com participações de Albert Collins e Albert King, dois bluesmen americanos do primeiro time, e de Nick Hopkins, na minha opinião o melhor pianista de rock que a Inglaterra produziu.
Tem músicas de pegada roqueira, como "Walking By Myself", tem boogie e, principalmente, tem aqueles bluesões lentos que parecem concentrar toda a tristeza do mundo. É tão bom que a faixa título conseguiu tocar em rádio e até virar tema de novela brasileira, a despeito de ter mais de seis minutos e um solo quilométrico.
1. Moving On
2. Oh Pretty Woman
3. Walking By Myself
4. Still Got The Blues
5. Texas Strut
6. Too Tired
7. King Of The Blues
8. As The Years Go Passing By
9. Midnight Blues
10. That Kind Of Woman
11. All Your Love
12. Stop Messin' Around
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quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Robertinho de Recife – Metal Mania (1984)
Esse arquivo aqui é doação do OzzyRecife, visitante contumaz aqui da Caverna.
O motivo para este disco estar aqui é, antes e acima de tudo, nostalgia. Em 1984 eu estava terminando o Segundo Grau e começando a trabalhar em revistas de música. Um belo dia chega na redação o aviso que tinha saído um disco de metal nacional. Minha primeira reação foi de curiosidade, enquanto a maioria das pessoas riu ao ver o nome do artista.
Cabe aqui um parêntese. Além de a memória do brasileiro ser proverbialmente curta, o chamado BRock, embora fosse predominantemente new wave (bobo, pretensioso e mal tocado), vinha embrulhado numa ideologia niilista pseudo-punk que jogava na lata do lixo toda a música (rock ou não) feita anteriormente no Brasil. Por conta disso, Robertinho de Recife não era lembrado por solos matadores em discos de outros artistas (meu favorito é o solo alucinado de "Revelação", de Fagner), mas por "É de chocolate", musiquinha infame que fez para o igualmente infame grupo infantil Trem da Alegria, com o qual gravou também "O elefante".
Por ter boa memória, eu não ri quando olhei o disco. Naquela época (antes de inventarem o nu metal), um bom guitarrista era conditio sine qua non para fazer metal – e Robertinho era, sim, um grande guitarrista. Os risos da turma morreram na boca assim que começou a tocar "Fantasia preto e prata", um solo de arrepiar os cabelos, escancaradamente inspirado em Eddie Van Halen. Robertinho definitivamente resolvera fazer um disco de metal, não uma paródia. E para isso arregimentou uma cozinha de primeira linha, com os excelentes Beto Ibeas (baixo) e Renato Massa (bateria).
Aí veio "Fogo", primeira música em que Robertinho também arriscava os vocais, e foi minha vez de explodir numa gargalhada, que não consegui controlar até o último acorde de "Assassina". Nem tanto pela tosqueria das letras ("Bate o pé, bate a mão, a cabeça e o coração" ou "Gata, gatinha louca, gata selvagem"), que não eram muito piores que a média do BRock, mas porque, como vocalista, Robertinho era um ótimo guitarrista. Inteligentemente, ele agregou logo um garoto à banda para cuidar dos vocais nos shows que se seguiram.
Claro, muita gente torceu o nariz para o disco não por seus defeitos, mas por ser "do cara do 'Elefante'". Num bate-papo na revista em que eu trabalhava, Robertinho comentou essa resistência. Em linhas gerais, ele dizia que o músico no Brasil vive equilibrado entre o que gosta de fazer e a necessidade de pagar as contas. O dinheiro que ganhara com "O elefante" e "É de chocolate" tinha bancado a gravação de Metal Mania e os equipamentos da excursão que se seguiu, incluindo um ônibus com uma pintura boiola de pele de animal que despertou inusitadas reações de inveja entre outras bandas cariocas.
Mas, como metal não dava dinheiro, mesmo, a experiência durou pouco. Em 1988 ele fundou uma das coisas mais asquerosas a virar vinil por aqui, o Yahoo, que encheu a burra de dinheiro com versões de baladas do grupo brega-metal Deff Leppard. Seguindo a mesma lógica do parágrafo anterior, recolheu a grana, gravou um bom disco autoral (Rapsódia Rock) e montou um estúdio no Rio, onde vive até hoje fazendo produção e tocando em eventuais discos de amigos.
Bem, para quem tem saudades daquela época, cá está o disco. Mas, por favor, tentem não rir dos vocais. Eu confesso que não consigo...
1. Fantasia, preto e prata
2. Fogo
3. Metal mania
4. Gata (Wild thing)
5. Corações e pernas
6. Barbaridade
7. O trem fantasma
8. Dança Lolita
9. Pedrada
10. Assassina
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quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Parem o que estiverem fazendo
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Inkubus Sukkubus - nove discos
Normalmente se associa a idéia de música pagã a coisas meio new age na linha de Loreena McKennitt. Nada contra Loreena, mas isso não é exatamente verdade. Existem pagãos que fazem um rock bem jeitosinho. Um bom exemplo, praticamente desconhecido no Brasil, é a banda inglesa Inkubus Sukkubus. Formalmente, é uma banda gótica, tanto no visual quanto no instrumental, com boas guitarras, alguns teclados e, infelizmente, uso de bateria eletrônica. Mas, principalmente, tem uma temática que foge daquele padrão "o-mundo-é-uma-merda". Tem sombra, mas também tem luz. E tem a voz de Candia...
Meus discos favoritos são Wytches (o único com bateria de verdade), Wild ("Storm", "Rune", "Aradia" e a faixa-título são matadoras) e Vampyre Erotica (a versão para "Paint It Black" encheria os Stones de orgulho). Já os dois últimos discos eu acho mais fraquinhos, mais góticos até na temática.
Mas vale conferir.
Belladonna & Aconite (1993)
1. Beltaine
2. Midnight Queen
3. Trinity
4. Belladonna & Aconite
5. Soul Inside
6. Song of the Siren
7. Vampyres
8. Eternity
9. Incubus
10. All the Devil's men
11. I am the One
12. Old Hornie
13. Vlad
14. Samhain
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Witches (1994)
1. Wytches
2. Queen Of The May
3. Pagan Born
4. Gypsy Lament
5. The Leveller
6. Call Out My Name
7. Conquistadors
8. Burning Times
9. Song To Pan
10. Enchantment
11. Catherine
12. Church Of Madness
13. The Rape Of Maude Bowen
14. Dark Mother
15. Devils
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Heartbeat Of The Earth (1995)
1. Heartbeat of the Earth
2. Young Lovers
3. Underworld
4. Prince of Shadows
5. Craft of the Wise
6. Corn King
7. Witch Hunt
8. Fire of Love
9. Love Spell
10. Song for our Age
11. Intercourse with the Vampyre
12. Sabrina
13. Catherine
15. Take my Hunger
Parte 1
Parte 2
Beltaine (1996)
Coletânea de gravações anteriores ao primeiro disco.
1. Beltaine
2. Wytches I
3. Pagan Born
4. Song to Pan
5. Goblin Jig
6. Midnight Queen
7. Trinity
8. I am the One
9. Vampyre Kiss
10. Wytches II
11. In Defence
12. Burning Times
13. The Leveller
14. Church of Madness
15. Wytches (Chant)
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Vampyre Erotica (1997)
1. Heart of Lilith
2. Woman to Hare
3. Hail the Holly King
4. Wake of the Christian Knights
5. Paint it Black
6. All along the crooked Way
7. The Witch of Berkeley
8. Danse Vampyr
9. Vampyre Erotica
10. Wild Hunt
11. Sweet Morpheus
12. Hell-Fire
13. Whore of Babylon
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Away With The Fairies (1998)
New tracks:
1. Wytches Chant 98
2. Away with the Faeries
3. Come to Me (song of the water nymph)
4. Tunera
5. Starchild
6. Io Pan
Live in Cheltenham 1998:
7. Woman to Hare
8. Paint it Black
9. Craft of the Wise
10. Heartbeat of the Earth
11. Witch Hunt
12. Queen of the May
13. Take my Hunger
14. Vampyre Erotica
15. Belladonna & Aconite
Parte 1
Parte 2
Wild (1999)
1. Rune
2. Wounded
3. Kiss of Hades
4. Struwwelpeter
5. Bright Star
6. Lord of the Flame
7. Aradia
8. Storm
9. Smile of Torment
10. Reptile
11. Nymphomania
12. Lammas Song
13. Wild
14. Delilah + Death & the Virgin (hidden track)
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Supernature (2001)
1. Supernature
2. Lucifer Rising
3. Take the Kiss
4. Fey
5. Hang Around
6. Vermillion Rush
7. Whore of Heaven
8. Wings of Desire
9. We belong with the Dead
10. Preacher Man
11. Gypsies, Tramps & Thieves
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The Beast With Two Backs (2004)
1. Hecate Cerrydwyn
2. Lily Bolane
3. Star Of Venus
4. Hedonistic Gene
5. Vampyra
6. The Beast With Two Backs
7. Can't Get You Out Of My Head
8. Vampyre Punk Rockers From Hell
9. She Is Gone
10. City Of The Dead
11. Take My Lust
12. Erotic Angel
13. Jagermeister
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Roger Glover And Guests - The Butterfly Ball And The Grasshopper's Feast (1973)
Galera, isto aqui é uma obra de arte que eu achei no excelente blog Moodswings (ver o link na coluna da esquerda).
Em 1802, o escritor inglês William Roscoe (1753-1831) publicou um poema chamado "The butterfly ball and the grasshopper feast" (O baile da borboleta e o banquete do gafanhoto), que, em 1973, inspirou um livro ilustrado feito por Alan Aldridge e William Plomer. O sucesso do livrinho ensejou um curta-metragem de animação, para o qual o baixista Roger Glover, recém-saído do Deep Purple, compôs a música "Love Is All". A idéia era, em seguida, fazer um longa-metragem, mas o projeto não saiu do papel.
Glover, entretanto, se apaixonou pela história de deu continuidade ao que seria a trilha sonora do filme. Compôs as canções, algumas delas em parceria com Mickey Lee Soule, tecladista do Elf e da primeira formação do Rainbow, e entrou em estúdio com um batalhão do convidados. Entre eles estavam o próprio Soule, Le Brinks, baterista de depois tocaria com o Judas Priest e três vocalistas peso-pesado: Ronnie James Dio, então no Elf, Glenn Hughes, que substituiu o próprio Glover no baixo do Deep Purple, e David Coverdale, que acabara de ser catapultado do anonimato para o estrelado graças ao convite para cantar no Purple.
É um disco que mistura hard rock com canções teatrais de tom burlesco e até infantil. Em 1975, Glover encenou o baile da borboleta no Royal Albert Hall, em Londres, com praticamente os mesmo músicos (Ian Gillan substituiu Dio) e narração de Vincent Price. Existe um DVD desse happening. Ah, no DVD Deep Purple - In Concert With the London Symphony Orchestra, de 2000, Dio deu uma canja cantando duas músicas de Butterfly Ball.
Para ver as letras e a lista completa de músicos, basta ir na página oficial do próprio Glover.
1. Dawn
2. Get Ready (vocal: Glenn Hughes)
3. Saffron Dormouse And Lizzy Bee
4. Harlequin Hare
5. Old Blind Mole
6. Magician Moth
7. No Solution
8. Behind The Smile (vocal: David Coverdale)
9. Fly Away
10. Aranea
11. Sitting In A Dream (vocal: Ronnie James Dio)
12. Waiting
13. Sir Maximus Mouse
14. Dreams Of Sir Bedivere
15. Together Again
16. Watch Out For The Bat
17. The Feast
18. Love Is All (vocal: Ronnie James Dio)
19. Homeward (vocal: Ronnie James Dio)
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segunda-feira, fevereiro 05, 2007
David Coverdale – Northwinds (1978)
Se existe uma coisa que qualquer vivente sensato deve fazer é evitar incorrer na ira de Morrigan. Como ela pediu este disco, cá está.
Ok, ok, botar Northwinds no blog está longe de ser um sacrifício... Lançado entre o fim do Deep Purple e a fundação do Whitesnake, o disco mostra um Coverdale mais eclético, indo mais fundo em ritmos como soul e em tremendos baladões ("Time & Again" é um clássico) e com somente uma concessão ao hard rock, justamente a faixa "Breakdown", que fecha o disco.
1. Keep On Giving Me Love
2. Northwinds
3. Give Me Kindness
4. Time & Again
5. Queen Of Hearts
6. Only My Soul
7. Say You Love Me
8. Breakdown
Aerosmith - Pandora's Box (1991)
Este aqui em comprei na Virgin Records de Times Square, em 1998, antes de as minhas vacas fazerem operação de redução de estômago e emagrecerem assustadoramente.
Não dá pra falar de hard rock sem falar de Aerosmith, pois a banda de Stephen Tyler e Joe Perry influenciou literalmente todo mundo que veio depois e ainda um bom número de contemporâneos. Quer entender o motivo? ouça esta fantástica coletânea que cobre a carreira do grupo na Columbia, sua "primeira" fase clássica.
O primeira estava entre aspas porque o Aerosmith conseguiu uma coisa sui generis, retornar sem ser uma paródia de si mesmo. Em 1972, eles emergiram de Boston com um disco de grande sucesso, puxado pela balada pesada "Dream On", nos anos seguintes, estabeleceram as bases do que seria o hard rock americano, ao mesmo tempo em que mergulharam nas drogas. Se alguma coisa era ilegal e dava barato, Tyler e Perry já tinham experimentado. O resultado de tanto abuso foi que os discos começaram a ficar menos interessantes e a banda foi perdendo o foco. Em 1979, Perry puxou o carro, seguido, dois anos depois, pelo outro guitarrista, Brad Whitford, substiuídos, respectivamente, por Jimmy Crespo e Rick Dufay. Ah, antes que alguém pergunte, Jimmy Crespo tinha cabelo liso.
A banda não chegou a acabar oficialmente, mas estava na cara que a formação com Pixaim, digo, Crespo e Dufay não tinha a mesma empatia. Criativamente, o Aerosmith estava morto e enterrado. Eis que, em 1984, Perry e Whitford foram assistir a um show da banda, ficaram para falar com Tyler e, papo vai, papo vem, acabaram voltando. Na mesma época o grupo trocou a Columbia pela Geffen (o que explica não haver qualquer música da segunda fase nesta coletânea). O "disco da volta", Done with mirrors, vendeu pouco, mas eu acho sensacional.
O retorno do Aerosmith ao estrelato se deu com o disco seguinte, Permanent vacation e a participação de Tyler e Perry numa cover da canção "Walk this way" feita pelo grupo de rap Run DMC. Pessoalmente, eu tenho hojeriza a rap, hip hop ou seja lá qual for o nome que se dê a esse troço, e acho que a versão ficou uma bosta. Mas, como bosta e grande público sempre se atraem, a versão fez o maior sucesso. O disco seguinte foi Pump, para mim o melhor da banda, que se consagrou como uma das grandes atrações do fim dos anos 80 e início dos 90.
E, como se não bastasse, Stephen Tyler ainda presenteou o mundo com a filha, Liv "Arwen" Tyler. Fala a verdade, uma mulher daquelas e mais um sogro roqueiro, drogado e rico é ou não é o sonho de qualquer um?
Disco 1
1. When I Needed You
2. Make It
3. Movin' Out
4. One Way Street
5. On The Road Again
6. Mama Kin
7. Same Old Song And Dance
8. Train Kept A Rollin'
9. Seasons Of Wither
10. Write Me A Letter
11. Dream On
12. Pandora's Box
13. Rattlesnake Shake
14. Walkin' The Dog
15. Lord Of The Thighs
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Disco 2
1. Toys In The Attic
2. Round And Round
3. Krawhitham
4. You See Me Crying
5. Sweet Emotion
6. No More No More
7. Walk This Way
8. I Wanna Know Why
9. Big Ten-Inch Record
10. Rats In The Cellar
11. Last Child
12. All Your Love
13. Soul Saver
14. Nobody's Fault
15. Lick And A Promise
16. Adam's Apple
17. Draw The Line
18. Critical Mass
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Disco 3
1. Kings And Queens
2. Milkcow Blues
3. I Live In Connecticut
4. Three Mile Smile
5. Let It Slide
6. Cheese Cake
7. Bone To Bone (Coney Island White Fish Boy)
8. No Surprize
9. Come Together
10. Downtown Charlie
11. Sharpshooter
12. Shit House Shuffle
13. South Station Blues
14. Riff & Roll
15. Jailbait
16. Major Barbara
17. Chip Away The Stone
18. Helter Skelter
19. Back In The Saddle
20. Bonus Track 1
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domingo, fevereiro 04, 2007
Blue Öyster Cult - Três discos ao vivo
Galera, como o arquivo do Blue Öyster Cult ao vivo estava com problemas, estou "upando" uma nova versão e, no embalo, colocando também outros dois brilhantes discos ao vivo dessa banda norte-americana.
On Your Feet Or On Your Knees (1975)
Este cobre os três primeiros discos do grupo, mas deixa de fora aquela que, para mim, é a melhor canção deles, "Astronomy". Tudo bem, pois tem muita coisa boa, com destaque para o instrumental "Buck's Boogie" no qual o guitarrista Buck Dharma surta.
1. The Subhuman
2. Harvester Of Eyes
3. Hot Rails To Hell
4. The Red & The Black
5. Seven Screaming Dizbusters
6. Buck's Boogie
7. Last Days Of May
8. Cities On Flame
9. Me 262
10. Before The Kiss (A Redcap)
11. Maserati GT (I Ain't Got You) (Cover de Yardbirds)
12. Born To Be Wild (Cover de Steppenwolf)
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Some Enchanted Evening (1978)
Este aqui saiu originalmente como LP simples. É mais contido em termos instrumentais. Em compensação, tem finalmente "Astronomy" e ainda versões matadoras de "Kick Out The Jams", do MC5, e "We Gotta Get Out Of This Place", do Animals.
1. R.U. Ready 2 Rock
2. E.T.I. (Extra Terrestrial Intelligence)
3. Astronomy
4. Kick Out The Jams (Cover de MC5)
5. Godzilla
6. (Don't Fear)
7. We Gotta Get Out Of This Place (Cover de Animals)
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Extraterrestrial Live (1982)
Já este eu costumo dizer que é o "ao vivo da maturidade" do BÖC. Traz as músicas consagradas, algumas que já estava no primeiro ao vivo, traz novidades ainda com um certo grau de experimentalismo ("Joan Crawford"), mantém a tradição de covers ("Roadhouse Blues", com direito a canja do autor) e nos brinda com um dos solos mais alucinantes que já ouvi, em " Veteran Of The Psychic Wars".
Como quase todos na sua geração, o BÖC perdeu um pouco do prumo nos anos 80, mas estes três discos certamente os colocam no Olimpo do rock pesado americano.
1. Dominance & Submission
2. Cities On Flame
3. Dr. Music
4. The Red And The Black
5. Joan Crawford
6. Burnin' For You
7. Roadhouse Blues (Cover de The Doors com Robbie Krieger)
8. Black Blade
9. Hot Rails To Hell
10. Godzilla
11. Veteran Of The Psychic Wars
12. E.T.I. (Extra Terrestrial Intelligence)
13. (Don't Fear) The Reaper
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sexta-feira, fevereiro 02, 2007
Skid Row – Skid Row (1969)
Eu falei ainda há pouco que o Skid Row não me diz nada? Que injustiça! Poxa, a banda era bem legal, fazia um blues rock na linha do Cream e tinha um moleque absolutamente enfezado na guitarra, sem falar no fato de ser um raro produto cem por cento irlandês?
"Blues rock?" "Moleque?" "Irlandês?" Cês devem estar achando que o Dagda comeu um strogonoff com champingnon alucinógeno, né? Nada disso. O Skid Row aqui é outro, uma banda com o mesmo nome que existiu na Irlanda no fim dos anos 60 e começo dos 70, fundada pelo baixista Brendan "Brush" Shields. A formação original contava ainda com o baterista Noel Bridgeman e dois sujeitos que depois fariam história: o guitarrista Gary Moore, então com apenas 16 anos, e o vocalista Phil Lynott.
Conta a lenda que Shields resolveu demitir Lynott e assumir, com Moore, os vocais da banda. Para compensar o demitido, Shields resolveu ensinar Lynott a tocar baixo, o que lhe daria mais chances de conseguir outra banda. Resultado, Lynott fundou o Thin Lizzy e se tornou um mito do hard rock mesmo antes de morrer. Já Brush Shields, apesar de ainda viver, é um Zé Mané que ganha uns trocados com pequenas apresentações de música e humor. Sic transit gloria mundi, meus caros...
O trio gravou dois discos, antes de Gary Moore pedir as contar e ir justamente para o Thin Lizzy. Aqui está o primeiro disco dos caras, numa versão lançada em CD aqui em meados dos anos 90. Ao que parece, quando a bandinha de Sebastian Bach começou a vender bem, as gravadoras começaram a catar artistas similares, e a Sony descobriu que tinha um Skid Row no o arquivo. Melhor para nós...
1. Sandie's Gone
2. The Man Who Never Was
3. Heading Home Again
4. Felicity
5. Unco'Op Showband Blues
6. Morning Star Avenue
7. Oi'll Tell You Later
8. Virgo's Daughter
9. New Faces Old Places
Skid Row – B' Sides Ourselves (1992)
No meu episódio favorite de Beavis e Butthead, eles estão assitindo TV quando começa a passar um clipe do Skid Row (esqueci qual a música), saudado por um deles como "Aquela banda que o cara parece uma mina." O clipe se passa ao ar livre, no que parece um depósito de lixo, e os integrantes da banda começam a chutar uns manequins, provocando o seguinte diálogo da dupla de escrotinhos da MTV:
- Por que esses caras ficam quebrando as coisas nos clipes?
- Deve ser pra parecerem menos viados.
- Não tá funcionando...
Quase tive um treco de tanto rir, até porque o Skid Row nunca me disse rigorosamente nada. Tempos depois, porém, eles lançaram seu único disco que incluí na minha coleção: este EP de covers tocadas bem direitinho.
1. Psycho Therapy (Ramones)
2. C'Mon and Love Me (Kiss)
3. Delivering the Goods - ao vivo com Rob Halford (Judas Priest)
4. What You're Doing (Rush)
5. Little Wing (Jimi Hendrix)
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quinta-feira, fevereiro 01, 2007
Tristania – Illumination (2007)
Hora de remar contra a corrente. A maior parte dos fãs do Tristania está torcendo o nariz para este disco, mas eu simplesmente amei, em geral pelos mesmos motivos. Muitas bandas dizem fazer metal gótico, mas o "gótico" em questão não costuma ir além do vestuário e do vocal feminino - de resto, são só bandas de death ou black metal mesmo.
Não é o caso aqui. Em Illumination, Tristania fez um disco gótico e metálico ao mesmo tempo. Bateria pesada, bons riffs (ainda que um solo de vez em quando faça falta), mas com um ritmo mais lento, climas mais elaborados. A grande diferença está no vocal. Até Ashes, o vocal do grupo era dividido entre Vibeke Stene (soprano), Østen Bergøy (voz masculina) e Kjetil Ingebrethsen (grunidos). Com a saída deste, os urros de porco sendo castrado perderam de vez o espaço no som da banda. Para não dizer que sumiram de todo, Vorph, do grupo Samael, faz pequenas participações em duas das faixas.
Sem os arrotos, digo, grunidos, Vibeke brilha mais e Bergøy pode ocupar espaço, cantando com dois registros muito diferentes, um deles tremendamente grave, no melhor estilo das bandas góticas tradicionais.
1. Mercyside
2. Sanguine Sky
3. Open Ground
4. The Ravens
5. Destination Departure
6. Down
7. Fate
8. Lotus
9. Sacrilege
10. Deadlands
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